[Verso 1: Rany Money]
Então fechô, demorô, é a Cone no S-20
O bonde é pesadão no buzão são mais de vinte
Minha mãe põe no repeat: "Muleque tu é um sem limite
Porque esses zóin vermelho eu sei que não é conjuntivite"
A ginga é brasileira e a sagacidade urbana
O bolso agora enchendo e a mente também só quer cana
Não vou rodar pros cana, bando de pilantra
Pra quem quer só minha grana, passa na outra semana
Não dá pra achar o Wally, depois de dar uns gole
Não é assim tão mole varar a escada de ollie
Tem vagabundo quebrando shape, skate, fumador de base
E os loco na nóia do golenblazecrazy
Tem os verme de Blazer e as gringa dos state
Tem malandro doubleface, CD pesadão no case
Slim Shady? É óbvio! Se eu quero as Lady? É lógico!
Vou ser um Xeique... Lock, no bolso cheio de tóxico
[Refrão]
Hoje eu não quero ir pra casa
Prefiro ficar na Lapa
Junto com meus parceiros então
Bebendo cachaça
Hoje eu não quero ir pra casa
Prefiro ficar na Lapa
Junto com meus parceiros então
Fazendo fumaça
[Verso 2: Cert]
Procuro uma base escondida, a cada poesia se cria harmonia
Alternativa a minha vida é Sativa, viva! Cannabis ativa!
O MC que transpira sua rima
E a mina que demonstra sua ginga
Ilusionista, trazendo seu prisma
E o homicida trazendo sua vítima
Visita íntima não rola mais, se tu tá no presídio
Matando meu tédio, subi no teu prédio, sem paraquedas, me larguei do edifício
Só, punk, junk, sem bungee, sem corda, com kunk no blunt, causando minha fome
Cadê meu flagrante, Johnny? Eu grito: CONE
Cadê os tromé, Maomé? Quebé, de São Thomé, vindo do pé
Eu sou o Tcer, tirré, com fé, mané, cheguei, vai dar damer
Geral vai reclamar, quando a fumaça for pro ar
Se queima um, sente o fudum, se não queima, é melhor ralar
Jogando sinuca, com as mina maluca, na luta, a disputa, querendo minha fruta
Se pega desapega e desgruda, se não tu tá pego na hora da curva
O carro desgarra, a garra te agarra, acaba com a marra e a Cone te amarra
Com o teclado da Yamaha, Papatin nas base estala
[Verso 3: Batoré]
Afunde os fracos com seus barcos, to descalço pelos cacos
Sou o Batora ali nos arcos (oh), um ninja de tchaco
Fica no vácuo, no beco do rato, fedem a suvaco, sufoca tabaco
Lindas gringas me atraco, sem giz no taco, ataco
Sigo no faro da escada, varo de bike sem aro, não paro
Mas quem diz que é raro eu calo se enganou nos papo brabo
Tá com fome cara? Podrão vala, sara apaga e para
Padaria ou Guanabara dá calote e rala
Churrasquin de gato, rolézin de tala
Quer melzinho ou bala? Caipirinha abala
Tu junta os menor de idade covarde, atividade
Dei o bote na FEBARJ, "E a comanda ?" "Só mais tarde"!
É por isso que eu me escaldo, vejo as mina do Ronaldo
Só descobrem o sexo quando fazem o laudo, sem aplauso
Me levanto em qualquer caldo, vivo no zero de saldo
E é pa Lapa que me aguarde, daqui a pouco eu tô nos palco
[Refrão]
[Verso 4: Maomé]
Eu vou pra Lapa, bebo cerva com a a galera neguin, já era
30g de erva, o freestyle acelera, os louco rima a vera
Eu fico só naquela, observo a panela
Os MCinderela, a vida não é novela
Seu zé ruela, o cara vem diz que faz rima, mas da rima nem sabe se fazer dela
Quem me dera paciência mera pra aturar aquela
Pala de comédia, que saiu da rédea
Na Lapa foi fazer média, mano que tragédia!
Já vê que mente, trava no repente
De repente gente, o aparentemente a frente
Pelo vulgo cujo atende: 50 o entristeCENT, o MCinexperiente
Não tava dentro do CIC na batalha chapa quente
Mas pra tá dentre essa gente é a maior psicologia
Tem o bonde dos amigo e a banca da xenofobia
Na Lapa tem os que é família, na Lapa tem os que é safado
Na Lapa tem os que são puro e os que te vê com mau olhado
[Outro: Ari]
Quatro horas da manhã, tô ficando sem condição
Cinco horas da manhã e agora não tem condução
Abasteço no Armazém porque o fígado é blindado
Não tem nota de 100, o combustível tá barato