Uno Consultório
Câmera de Ar
[Verso 1: Uno]
As frases estão me a matar e já escrevi uma autópsia
Espirrei a câmera de ar, tou pronto para fumar a próxima
Qualquer puto gosta de ter pedradas filosóficas
E a camaradagem não toma conta quando ascender à conclusão que deu paranóia
Pode mesmo ser verdade
Não tá lúcido o cobarde a fingir que tá isento
Tenho caminhos para Roma, a minha casa fica por lá
Sem compromisso e muitos carros, sinto sempre a falta de ar
Andas a brincar com quem não leva a sério
Toma conta do teu dote e colabora mais
Não vou ter vista para a frase da minha urna
O som todo é uma dica, caguei para cada uma
Voltei atrás e levei uma sova
Estudei em paz o espaço com uma ideia e volta
Perguntei-me porque é que sou do contra com o corpo imóvel
Mas mexe a sombra

[Refrão: Pika]
Leva o peito ao vazio que tá dentro da tua câmera de ar
Preenche o espaço
Há que conter a raiva mas não é esse o caso
Preenche o espaço
Ninguém decifra a consequência do seu primeiro passo

[Verso 2: TK]
Um props de idiota para idiota A reinvenção da roda é da sorte
Mais vale ser agiota, aposta forte contra a banca rota
É a tua
Podes dar cambalhotas, a minha pele sua
Cada vez que puxo a carroça roo as unhas mas não as tuas
Atiro-me de cabeça, dou um mergulho
Encontro a pedra bem lá no fundo, ergo-a
E vejo em zoom. Não cuspo fogo
Não vou sedento, não vou cedendo
Não é por cento é para quem sente
Vem mais um set de ondas
E vento, que lá vem gente e o que eu vou vendo
É que a internet vai promovendo
E quem não quer?
Muda o canal é mais do mesmo
´Tou no sossego, a câmera de ar furou a tempo de não haver infecção
Vou crescendo na evolução dos instrumentos
Que nos dão mais medo de ser a própria criação
[Refrão: Pika]
Leva o peito ao vazio que tá dentro da tua câmera de ar
Preenche o espaço
Há que conter a raiva mas não é esse o caso
Preenche o espaço
Ninguém decifra a consequência do seu primeiro passo