[Verso 1: Uno]
Então mais directo:
Como é sentir um raio dos nossos que mata o rei
Salva o deus ou tira à sorte?
Procurámos atalhos para o céu no céu da boca
Gosma ficou por sair
Que se lixe, ‘tamos nessa onda todos
Lembra-me os momentos a foder táxis com balões
Agora tudo é uma metáfora, tanto palavras como acções
(É tempo ou água)
Juntos somos mais fortes mas eu quero ser fraco
Enquanto a terra estiver próxima de sofrer o enfarte
Ou não queres prever o embate?
Dar na fruta despreocupado, desprotegido
Procurado por ti próprio mas ainda ocupado
O campo é vasto (o que é que se passa?)
Um contra um não nos еncontramos
(Queres lutar?)
Se pеnsas que és grande o próximo passo é duvidares
[Refrão]
Porque a via, a corrida, o jogo
Deram motivos de orgulho
Para quem se interessou por pisar o outro
(Mas vocês não dizem nada)
Há sempre uma metáfora para ser procurada
[Verso 2: Uno]
Misturo realidades, por isso há quem me chame falso
Já caiu, tornei-me musgo no muro da tua casa e acho que vou preenchê-lo
Venho por bem logo entro logo
Para desconstruir um mundo reduzido ao conseguir ou não fazer
Ou então junto o tal silêncio às minhas ideias
Quero um bom entendimento mas com a palavra inteira
Consciente de que aquilo que eu quero já não me diz nada
É só mais uma vontade entre as várias
Não serão satisfeitas por completo
E peço à natureza: domina-me
Choro e cresço diariamente, é a minha vida resumida
Agora rio-me poucas vezes
Mais para dentro do que para fora
A confiança nunca é toda quando rebento com uma porta
Seja vossa ou minha
Levo a sério a harmonia, rezo um caos nosso
Lei da selva pertence a ela, não é do mais forte
E tu vais ser caçado
Um inimigo prestes a ser abafado
Pois amo-te como tu me odeias e hoje apetece-me abraçar-te
[Scratch: Pilha]
[Outro]