[Verso 1]
CPL é semp'e em L
Compomos poesia louca
Como um poeta na loucura
Com paralisias longas
Não sei se é de mim
Epah, desculpa lá
Pareces um surdo mudo a tentar falar com cegos
Eu não te aturo
Não tenho noções parentais
Ya, tenho mais que fazer
Tu tens que fazer mais
Rastos líricos está relíquia
Rap cá do sítio
Dá delírios, faz dizímio estraga ou abre o psíquico
Dark, pesado típico
Ou com traços hippies
Sou alpa camasca
Acho lindo
E se tu não curtes os meus sons
Tu não curtes o que eu sou
Digo-te já porque o meu flow inovado
É simplesmente a maneira como eu falo
Não sei se é bom ou mau
É a maneira como eu faço
Não me aquece nem me arrefece
Ninguém perceba o que escrevo
Desde que eu perceba
Sou quase sempre bêbado
(só dizes merda)
Foda-se cala-te porco
A seguir as regras nunca se fez nada de novo
Música é som não é imagem
Se tu me queres ouvir com os olhos
Isso não dá mano
Ya, tu abanas a cabeça mas nem captas a mensagem
[?] esse mini cérebro inválido
Sintomas, sintéticos
Tou meio louco
Sinto um síndrome que vem com uma leve brisa
Que arejo o esgoto
Estou cheio de desgosto neste mundo com um cheiro podre
Encarnamos a hipocrisia
Desde a doença da crise
Ficamos hipocondríacos
Ninguém tem valor
Os bens materiais são mais caros
E nem vai mudar
Porque é mais fácil duvidar que acreditar, claro
Isto são rudes ideias
Musicais, originais, raras
Ouve o que eu te digo
[Refrão]
Ouve o que eu te digo
Este mundo é uma merda
Anda beber comigo
Aconteça o que acontecer, eu tou a bafar
Com uma atitude de merda, porque tou-me a cagar

Ouve o que eu te digo
Este mundo é uma merda
Anda beber comigo
Aconteça o que acontecer, eu tou a bafar
Com uma atitude de merda, porque tou-me a cagar