Uno Consultório
Deixa-te Apagar
[Letra de "Deixa-te Apagar" ft. Cadela]
[Intro: Uno]
Yo, yo, deixa
[Verso 1: Uno]
Deixa apagar, sê o cinzeiro do teu quarto
Dá-lhe espaço, quando voltar já foi iluminado
O poeta acaba na sua letra isolada
Que não se comprometeu com palavra nenhuma
Tende a ver beleza, depois é dever e querer esquecê-la
Parte para outra força desnecessária
Como um pugilista a gastar os músculos a ver se parte a água
E antes de desmaiar pensa que é ela que 'tá cansada
Não fiques a insistir se não tens vontade
Enganas os outros mas não a ti, e eu também noto pelo teu olhar
Parece ode à preguiça, mas claro
Que isto é para a minha laia agarrada ao trabalho
A tentar vê-lo onde não está
Braços, pernas, neurónios tratados como escravos
E são os teus, óbvio que também o hás de ser
Deixa-te apagar, acendes mais cedo ou mais tarde
[Refrão: Cadela]
Deixa apagar, a vontade de aqui estar
Não te queres levantar, quem está de pé nem sabe andar
[Verso 2: Uno & Cadela]
Vai haver alguém que pegue fogo até que isto seque
E eu sei que se não fores tu isso mexe com o teu orgulho
Mas o fluxo agita o vento e pode ser que ele derrube
Tudo o que ergueste para o que faças outra vez
A atenção não é um jogo, é um sonho
Ando calado porque p'ra um tempo de expressão
Acumulo dois de informação
Suponho que depende de onde 'tás e o sol nunca se põe
(Nunca se põe, nunca se põe)
Se for claro como a nuvem que tapa, tu em brasas
Deixa-te apagar, não é que eu o faça sempre
Digo para ser mais fácil, às vezes deixo-me mesmo apagar
Para os sócios que azedam quando eu penso na morte da bezerra
Mantenham a consciência de que nos vamos apagar
Depois a tendência é tornar a escuridão no drama da viagem
E isso eu não vou deixar
[Refrão: Cadela]
Deixa apagar, a vontade de aqui estar
Não te queres levantar, quem está de pé nem sabe andar