Ermo
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[Verso 1]
Sem julgar tudo aquilo que me surge como maior do que é

Fazer parte de um papel, só faz parte do papel

Não parar é apenas ter metade do conforto deste chão
E quê? Nunca apreciar o Verão, nada está nas tuas mãos

Sem saber, morri na pauta dos sons que são prisão
As palavras no papel, o silêncio no papel

Escrevo, então, convencido de que posso chegar a ti
E assim, talvez bata, talvez não
Nada está nas tuas mãos