[Verso 1: BUGSY]
Faz mó tempão que eu to nessa correria louca
Esse ano saiu o de 200 sem formar na boca
Daqui pra frente só jacaré diferenciado
Pra família larguei presente, nunca estive parado
O que já corri nessa vida equipara-se à São Silvestre
Por onde eu passo arranco o flash de todo pedestre
Ainda mais, onde vou os gangsteres costumam reconhecer
Nada mais me assusta, sexta-feira tá difícil de eu atender
Quantas vezes minha televisão de cachorro foram as lojas
Ela pediu o telefone quando fui pagar no sacar das notas
Vitrines vendendo autoestima, meus manos vendendo alegria
Na calma sem vender a alma, perfumes atacam a alergia
Os manos sussurram no meu ouvido: BUGSY, tu é inspiração
Não vivo um dia sem música e o gemido dela é a melhor canção
Eu vim de baixo, renasci das cinzas enfrentando esse campo minado
Ao meu redor viciados em droga, importei algumas daquele estado
Persistência, essa é palavra de um jovem sonhador
No shopping de patrão, comprando Lacoste sem esquecer o por favor
Muitas coisas bonitas, pena que tudo eu não posso comprar
Prometendo a mim mesmo que todos os meus luxos eu vou alcançar
Mais sangrento que 288, mais folgado que o Youngboy
Se deixar uma câmera na Ceilândia vai ter compilado de gore
Aqui tá morrendo pique uma guerra 6h da manhã
Deus tenha piedade dos meus soldados e eles nunca foram pro Vietnã
[Refrão: BUGSY]
Big croc, big croc, big croc, big croc
Big croc, big croc, big croc, big croc
[Verso 2: BUGSY]
Problemas de montão, do tamanho do crocodilo no boné
Vou amassar esse idiota e não vou perguntar se é na mão ou no pé
Felizmente eu sou bastante enjoado, Lacoste e blunt
Verde combina com marrom, depois desse trago eu vou adiante
A estética do Rolls Royce só perde pras unhas dela de branco
Quando eu lançar a naveira ela vai sentar no couro bege do banco
Tem dias que eu não quero acordar, mas não posso desistir
Corpinho dela? é claro, nós vamos é lá pra Piri
Sou mais o LED da Fluctus do que a sirene de vocês sabe quem
Tem Off-White, Balenciaga, Sacai, ninguém fica sem
Lacoste chamou na responsa: salvem as nossas espécies
Papo de festa vários presentes, papo de visão um pouquinho fortalece
Sou Daleste, to sempre pele norte, pele parda e ouço funk
Muitas vezes na sul, Fluctus, sempre chapado de skunk
Eles pedem pra eu pegar leve porque to agressivo demais
Mesmo se eu abaixar a guarda ainda vão nos tirar de marginais
Mas não ligo um pingo, a Ceilândia sempre foi meu abrigo
E nós sabe bem que na realidade vocês que tão correndo perigo
Sem viajar no ego, só ficarei feliz quando me chamarem de sublime
Ela vem de lupa da Versace pra não ficar cega com o vermelho Supreme
Capitão Amérikkka, será mesmo que eles pegaram a referência?
O meu escudo é a minha família, trato-os sempre com preferência
Jamais vou dar vacilo, agindo certo sempre no sigilo
Na noite escura to todo de preto que só avistaram o crocodilo
[Refrão: BUGSY]
Big croc, big croc, big croc, big croc
Big croc, big croc, big croc, big croc