Necro
A habitual forma de esquecer com bebida, fumo e cenas fixes
[Verso]
A minha mãe chora
Porque admito pensar em suicídio
Mas mãe não me afastes
Continuo a ser teu filho
É verdade que escondo o que sinto por detrás de um sorriso
Já está murcho
Já nem me dou ao trabalho de fazer isso
Então caminho com cara de quem tem problemas com o mundo
Finjo ser forte quando ele se ri de mim e doí no fundo
Caio no fundo e não faço barulho
Porque se fizesse era para gritar "Quero foder tudo"
Hoje fujo com um saco ao ombro cheio de problemas
Não piso o meu conforto
Só agito as cenas
Estou demasiado em baixo para sentir borboletas
Não sou como vocês (O que é que sentes) ratazanas
Sou da laia dos que se auto destroem
Deixo que as marcas no meu braço comprovem
Então não me olhes com essa cara
Não me toques com essa mão
Foi a tua opção
Agora vais lamber o chão
Puto porque é que tens que vir com isso?
Ya sim faço rap mas não sou dos improvisos
Levas a mal, trazes amigos
Querem-me roubar depressa
A tua crew tagga o que?
Man isso não me interessa
Se têm carteira? Claro que têm!
Dá-me o teu dinheiro e dos teus amigos para por lá dentro
Quero ser rico, Totoloto
Incendiar o dinheiro todo
Para ter uma multidão gigante atrás que me quer ver morto
Vocês não sabem que o meu interior é preto e branco
Louco como o Pacino no Scarface com arma na mão
[?] a entrar em cena
Sorriam e acenem todos digam olá ao João
"Olá boa noite, o meu nome é Darko
E trago no meu bolso um revolver imaginário
Pronto para disparar ao público que me olhar de lado
A última coisa que preciso é de me sentir julgado "
Começo a pensar que preciso de lidar com os meus problemas
E sim preciso de ajuda com todas as letras
É sempre a mesma cena
A tentar ser diplomático
Entre o doutor e o meu amigo imaginário
Não sei quem ouvir
Não sei quem seguir
Os comprimidos de um fazem que os do outro deixe de existir
Esquece vou para o inferno se insistir
O meu presépio diz lucifer nasceu só porque me faz sorrir
Sou má pessoa porque fiz o bébé levar um tiro
Pitas falam de boca cheia
Não sabem o que sinto
Não sabem o que é vida
Não percebem o que digo
Mato-vos na minha cabeça
Ninguém controla o que lá vive
Cada vez mais tonto
Cada vez mais torvo
Do que estou a ver
Cada vez mais do que não deveria ser
Já não posso dizer que odeio viver
Porque se fizer sinto que não passo mais do que um clichê
Podre de bêbado neste beco com olho negro
A tentar marcar o outro para beber e ficar cego
A jogar pela noite cheirar até não poder mais
Crash Bandicoot e [?] a snifar cristais
Quero caír até me sentir um génio tipo Einstein
Esquecer que sou um monstro imperfeito, Frankeinstein
Gritar à porcelana só para sentir a vibe
Amanhã é um dia novo mas igual
Rewind
[Refrão]
E hoje bebo para tentar esquecer
Fumo para tentar lembrar
Injecto para me sentir vivo
Grito para descarregar
Abraço-me ao meu braço branco
Luto por qualquer motivo
Fodo para me sentir humano
Parece que já nem isso sinto
Parece que já nem isso sinto
Parece que já nem isso sinto
Parece que já nem isso sinto
E hoje bebo para tentar esquecer
Fumo para tentar lembrar
Injecto para me sentir vivo
Grito para descarregar
Abraço-me ao meu braço branco
Luto por qualquer motivo
Fodo para me sentir humano
Parece que já nem isso sinto
Parece que já nem isso sinto
Parece que já nem isso sinto
Parece que já nem isso sinto