[Intro: Lebo M]
Nants ingonyama bagithi Baba
Sithi uhm ingonyama

Nants ingonyama bagithi baba
Sithi uhhmm ingonyama
Ingonyama

Siyo Nqoba
Ingonyama
Ingonyama nengw' enamabala

[Estrofe I]
Atenta para interior destes olhos e seus segredos
Denota o alvoroço de seus intensos compêndios
Inaudíveis cacos de seus diminutos pensamentos
Vai tão profundo vê-lhe a afogar em si mesmo

Não perca sua mente a tentar entender a minha
Os frenesis que me amofinam originam o que faço em rimas
Se meus sorrisos salvassem a humanidade estaria extinta
Perdi lascas de alegria a cada gemar de um novo dia

Aqui dentro só há ar gélido e eu amo o inverno
Enfrento o bélico cotejo com o meu interno
Inferno-averno, mesmo enfermo e incrédulo, desejo
Meu cântico livre eu arquejo independente de meu templo
Cantar para iletrados, não lêem meus sentimentos
Só sentem batidas, exegetas dos novos tempos
Só ouvem os kicks-tarolas ignoram o assento em versos
Eles abanam a cabeça, enquanto eu me desfaço em fragmentos

[Estrofe II]
Felicidade sem plateia é eterna, certeza matemática
Sem falsos amigos e nenhum baile de máscaras
Hoje apenas faço incisivos sons para Ahlam
Sem longas noites de vigília em luz apagada

Na hegemonia do sufoco das amarras
Quando a penumbra se afasta, a languidez se alastra
Na errata calculada da noite longa que me arrasa
O desespero pela alva gera uma trama nefasta

Meu fadário flexiona-me
Enquanto a excursão sideral atrai-me e aprisiona-me
Adormeço, não desperto, a dor imensa pressiona-me
A letargia dura anos, estende-se e condiciona-me

Deportado de Morphia acredita curaste tudo
Tive minha alma deprimida foste o afável mercúrio
Meu broquel, meu escudo contra medusas e súcubos
Para o meu coração de vidro deste o melhor deste mundo