Rap Box
Vírus
[Letra de "Vírus" com Buddy Poke, Andrade, Kadri, Douglas Din & Salvador]

[Intro]
Woah

[Verso 1: Buddy Poke]
Vírus da sanidade, me chame de Coringa
Eu fiquei maluco depois de tanta doideira que eu já vi nessa vida
Vírus da sanidade, me chame de Coringa
Eu fiquei maluco depois de tanta doideira que eu já vi nessa vida
E pega a visão
Hoje eu tô voando pelo mundão
Se não gostou, tu reclama com Deus
Ou brota pra desenrolar no morrão, ye
Eu vim de onde quem erra paga com a vida
E é por isso que eu nunca abracei vacilação, ye
Hoje eles reclamam da gastação
Mas ninguém foi fazer rir quando eu tava com depressão
Abaixa os quatro vidro, liga a luz do salão
Senão tu toma um tecão
Ouço funk desde menorzin'
Minha referência é MC Tikão, ye
Respeito quem tem mais experiência
Tudo o que eu sei aprendi na batalha, Douglas Din foi referência
Nós somos o vírus desse mundo de aparência
Os menor do morro assistindo batalha e o Salvador que é referência

[Verso 2: Andrade]
No ritmo quente, invadindo os lares
Todos os lugares ouvem R-A-P, yah
Tocando na mente, tocando nos bares
Se pondo em lugares onde é pra ter
Representatividade pra comunidade
Nessa sociedade tá difícil ver
Nós não faz pela metade o corre de verdade
Trampa com vontade e faz acontecer, yah, yah
'Cês não pega o drip da minha bic
Ainda mais depois de fumar um beck
'Cês já conhecem os maloka chique
Fala pra eles quem é o rap
É o duelo, Batalha da Leste
Batalha da Aldeia e todas as outra
Que mostraram pra vários moleque
Que tem outra boca nessa vida louca
Eu não marco touca não, y'all
Vários pitbull por mim (Vários)
Nessa desde curumim (Ahn)
Eu sei bem da onde eu vim, huh
Não sei bem pra onde eu vou (Não)
Mas tá tudo bom assim (Tá bom)
Viajando com meu flow (Yeah)
Numa viagem sem fim (Skrr, skrr)
[Verso 3: Kadri]
Olha de novo onde eu cheguei (Tão longe)
Olha que louco, não duvidei (Mó corre)
Quando eu vi (Okay)
Na minha quebrada todos já sabem meu nome
Tô vivendo o rap nessa vida trap
Ontem eu tava reggae, hoje eu tô boombap
Tô andando bem tipo carro flex
Eu tô no codein, tô yes, beck
Yeah, yeah, mano, eu tô na correria fazendo o que sei
Pode avisar o vigia, eu não devo ninguém
Modo Free Fire, matando haters
Minecraft block de fake
Na dificuldade ninguém viu
Na quebrada é bala e fuzil (Bang, bang)
Os moleque são cria da boca
Vivendo e fugindo da ROTA
Juntando dinheiro na conta
Sou parça dos cara da bolsa
Quase caí nessa porra
Hoje minha vida é outra (Yeah)
Bitch, não trafico drogas (Okay)
Yeah, yeah, mas o verdadeiro bandido
De terno e gravata vivendo no condomínio
Não tiro a razão dos menino
Que cresceram na beira do precipício
[Verso 4: Douglas Din]
Ahn, yeah
É os magrinho de vila contra os de pressão
Depressão no bipe, sem drip nenhum
Onde ser vilão é filão, é só jogar pilão
Que diminui o zum, zum, zum
Corta! Joga no zoom
Se caiu não é pilar, se é pilar não cai
Não tem que ser Mun-Rá, mas equipe de um?
Posso considerar? (Claro que não!)
Posso considerar? (Claro que não!)
O reino do Sudeste é a cara do reino do Nordeste
Peões? Espiões? Coincidência? (Claro que não!)
Tem time mais caro? (Claro que não!)
Tem jogador mais raro? (Claro que não!)
Do Serrão para o mundo
Oito portas por segundo se abrem
Tipo Moisés (Claro que sim!)

[Verso 5: Salvador]
Todo lugar que eu vou meu som tá tocando
Todos maloqueiro da minha vila tão escutando
Olha o meu naipe, dom de quebrada
E no começo ninguém dava nada
Mas eu fico rico esse ano
O rap é o que tá me salvando
Mano, eu juro, eu tava traficando
Mas eu não quero é ver minha mãe chorar
Não quero morrer nem ter que matar
Por isso mesmo é que eu escolhi cantar
É igualzinho um vírus meu som se espalhando
A solidão contamina
E eu sou acompanhado com a arte
Se eu tô cantando sorrisos
Então eu já tô fazendo a minha parte
Eu perdi os amigo, ganhei inimigo
Nessa vida dura é jurar
Depressão é vírus
Arte no metrô é cura, eu não paro
Eleitor do Bolsonaro, não pisa na onde eu moro, morô?
Só entrar pra atirar e morreu
Quantos que nessas aí se fudeu?
Menor que tinha sonhos que nem eu
E o menor que podia ser eu
Na manchete ele era bandido
Mas era responsa, saudade, Matheus
E eu sinto que nem parente porque faz parte da gente
Quando morre um jovem toda a favela sente
Todos vão viver pra sempre, as lembranças na minha mente
Viram letras pra curar esse mundo doente
Sempre em frente, sempre tente
Vou curar o mundo doente
Sempre em frente, sorridente
Com palavras no pente
Maloqueiro, consciente
Com rimas que são cura e o maior vírus memo é o presidente