O brilho das paisagens bem pintadas no ecrã
Tornam triste a minha vista para o quintal
Os risos, as vaidades e silhuetas no canal
Tornam cinza o universo habitual
Devo alienar, não sei
Devo entrar no mundo além
Devo achar e ser também
Está tão perto quem me faz bem
Devo apreciar navios, o meu normal
O toque, as mãos, as cores
E os gestos de ajudar
Fazem prova da humanidade incondicional
A música e a arte
O ver filmes e chorar
Fazem crer que sou alguém especial
Que desencanto ao acordar
É um deslumbre, um alucinar
Não evito comparar
Está tão longe do meu radar
Fico aqui a contemplar o meu normal
Fico aqui a contemplar o meu normal
Fico aqui a contemplar o meu normal