[Letra de "Memórias na zona"]

[Verso]
Vagueio com tranquilidade, na cidade passeio
Boatos traçam a realidade, falsidade pelo meio
Visita guiada pela idade com a saudade que tenho
Guardada com a vontade de mostrar de onde venho
Buraca, minha zona, minha terra
Barraca muita mona, gira e berra
Guerra essa que nos enterra, serra, vila
Como quiseres, cotas homens e mulheres
Crianças mansas se disseres que educas cansas se puderes
Mas com infância alimentada de ignorância acumulada
Tolerância pouco usada pela Bábilon
Casas velhas degradadas, várias raças desgraçadas
Bué porradas e facadas soo agora I'm gone
'Tou consciente no presente sinto a saudade constante
Das brincadeiras na rua do meu passado importante
Das pedras da calçada que simulava a baliza
Das várias skatadas vividas em toda a Lisa
Tenho planos aos anos, mas no entanto
Eles escorrem pelos canos, portanto
Desabafo rotina que passo com um compasso
Traço, faço um círculo, ciclo vicioso, perigoso, um bocado escasso
Amizade que era forte tornou-se indiferente
Com o azar ou com sorte do antigamente
E agora reparo que tudo está mudado
A vida é fast como um disparo, mas nada está acabado yo...
Fui suspeito, condenado pelo eleito, sou sujeito
Retirado sem respeito, condenado, levo a peito
Olha, fui o eleito num passado menos bom
Pretérito imperfeito é passado, já passou
Sentia que não merecia a magia que um dia não chegou
Refletia com a fobia da agonia de um dia que faltou
Parou! Para, repara, repara que não para, a ferida que não sara
A vida passa e corre, passa e hoje 'tá bué de cara (Ai não...)
Encara a situação, existe um senão que é claro a minha visão ou não?!
É honesto o meu protesto, é a minha forma
É o gesto para o resto, deviam seguir a norma
Modesto e à parte monto a minha própria base
Sem disfarce com enlace, é a linha que eu faço
Numa vida que já não bate, isto agora é check-mate
Vence na hora o mais forte deste combate (Combate)