[Intro]
Alô
Não, deixa quieto
O que foi ruim passou
E agora é só conquista
Estilo assina, sentimento
Criolo Doido, SNJ
Tô no jogo, Criolo Doido pra somar, SNJ
Tô no jogo, Criolo Doido pra firmar a sigla
[Verso 1]
Estive por um ponto, estive por um triz
Duro não saber como é ser feliz
A química do amor
A que me causa dor
Rápido e elegante como o vôo de um condor
O boxer cai (cai)
O assasino chora (chora)
Ladrão não faz a boa, professor não vai a escola
O são fica loco, o fraco dá as costas
O poeta assim escreve (são coisas que acontecem)
O ser humano é capaz de criar tantas coisas
Engaiola sua espécie, faz a própria mãe de trouxa
Coisas boas, quem enxerga coisas boas?
Só aponta os meus defeitos e os defeitos das pessoas
O erro do irmão que tá preso sem boi
Do catador de lixo que passou e já foi
De quem é alcoólatra
De quem te enamora
Do pichador de murro
E da inocência na derrota
[Refrão]
Quero me erguer e se chorar que valha a pena, rouba a cena
Quem é loco não se aguenta
Deus mostrou o rap, fez do corpo a ferramenta
Fez do corpo a ferramenta
[Verso 2]
O que me importa é ser feliz, aí Criolo, o que cê diz?
Moleque pedindo esmola, no coração a cicatriz
Mudar de vida, tô por um triz
Água jora do chafariz
Joga a moeda, faz um pedido, fazer o bem foi o que eu quis
Mas se errei, se eu errei me perdôa
O rap aqui é forte e resgata várias pessoas
Prefiro a morte que a fome, e o preconceito traz mazelas
Não fui eu que decretei eutanásia pra favela
Mãe chora de desgosto, põe uma pá, foi uma leva
Se a opção na curtição não aguentou tanta miséria
Vamo cantar pra espantar a maldade dessa terra
Pois só o amor trará vitória nessa guerra
[Refrão]