[Letra de "FILHO DE OBÁ" com Marcelo D2]
[Interlúdio - Filme]
- Eles falam em livre arbítrio, mas eu nunca tive escolha, nunca me mostraram um caminho ou me deram apoio. Amor eu tive pouco, mas foi nesse pouco amor que eu me agarrei e aí eu mudei o jogo a meu favor. Puxar o gatilho ou não, é isso que é liberdade? Definitivamente, amar é para os fortes
[Intro: Danilo Caymmi & (coro)]
Filho de Obá, ya, ya (filho de Obá, ya, ya)
Filho de Obá, yo, yo (filho de Obá, yo, yo)
[Refrão: Danilo Caymmi, Alice e Danilo Caymmi & (coro)]
Olha quem vem de lá (olha quem vem de lá)
Sinistro chegou pra ficar (Sinistro chegou pra ficar)
Mulato com seu orixá, filho de Obá, já disse ao Senhor
Iê, iê, iê, já disse ao Senhor (Iê, iê, iê, já disse ao Senhor)
Olha quem vem de lá (olha quem vem de lá)
Sinistro chegou pra ficar (Sinistro chegou pra ficar)
Mulato com seu orixá, filho de Obá, já disse ao Senhor
Iê, iê, iê, já disse ao Senhor (Iê, iê, iê, já disse ao Senhor)
[Verso 1: Marcelo D2]
Conheço cada canto, cada buraco
Os prédios a beira-mar, sobrados, barracos
Passei minha vida inteira entre ruas e vielas
Por isso conheço bem cada canto dela
Já pedi socorro e socorri também
Não é mole pra mim, não é mole pra ninguém
Cada acerto, cada sonho, pesadelo, cada queda
Me tornaram o que eu sou hoje, o rei da selva de pedra
Não é a vida que me leva, sou eu é que levo ela
Eu sou da sul, da norte, do centro, eu sou favela
Eu sei de dor, de amor, de alegria, de sofrer
De ganância, eu sei que cega e cega pelo poder
Dividir, sei de ter, de querer e querer mais
Sei que amar é para os fortes, só quero viver em paz
Cada acerto, cada sonho, pesadelo, cada queda
Me tornaram o que sou hoje, o rei da selva de pedra
[Ponte: Alice Caymmi & coro]
Mulato com seu orixá
Filho de Obá ya, ya, filho de Obá, yo, yo
Filho de Obá ya, ya, filho de Obá, yo, yo
Quem descobriu o que é o amor
Não desistiu e acreditou
Que nada é mais forte que o amor
Eu sou o amor, respiro o amor
Que nada é mais forte que o amor
Eu sou o amor, respiro o amor
Eu sou o amor, eu vivo o amor
[Verso 2: Rincon Sapiência]
Ok, ok, ok
Busco amor no meu senso
Tentando evitar um mundo sem flor
Meu culto tem velas e tambor
Toda energia que vai, tem que repor
Bora lá, saravá, atotô
Muito axé para a fé que me adotou
Um pouco de licor no meu gogó
A magia da minha cor no agogô
Onde eu tô, eu sei bem de onde vim
Confusão quem é não e quem é o sim
Alcance a chance do começo
Pra não pagar o preço de lamentar o fim
Ei, tem roteiro que a gente erra
Memo assim quero ser o melhor ator
Muito fácil me encontrar na guerra
Impuro, eu juro, eu sou o amor