Black Alien
O Estranho Vizinho da Frente
[Produzido por Alexandre Basa]

[Intro]
Ha, ha, ha, ha!
Ha, ha, ha, ha!
Ha, ha, ha, ha!
Ha, ha, ha, ha!

[Verso 1]
No momento
Não paro, nem perco um só momento
Pra ninguém ficar ao relento no meu testamento
O meu pior inimigo sou eu, disso eu sei bem
Mas você quer saber?
Melhor amigo, também
Corro do tédio, olho pro lado, eu mudo o mood
Meu remédio controlado é ouvir o rap rude
O tempo passa, tem mais "antes" que "depois"
No Princípio Era o Verbo, Babylon by Gus: Volume Dois
Muita hora nessa calma, senão o molho azeda
O orgulho precede a queda
Vivendo na selva de pedra
Então, eu quero um pulmão pra poder rir sem tossir
Irmão, eu peço pra Jah saúde pra prosseguir
Prioridade um é permanecer sóbrio e são
Sobrevivência é a questão, muito mais do que opção
Para o mal triunfar, basta que os bons não façam nada
Essa vida terrestre é um teste
Eu vou passar nessa parada

[Refrão x4]
"Black is back, black, black
Black is back, black is back
Black, back, back"

[Verso 2]
Só interessa o que eu sei
Não interessa o que eu acho
24h duelo com as forças de baixo
Fazendo a minha parte na obra da elevação
Me acostumei com a altitude ao tirar os pés do chão
O campo dos pensamentos é um campo de luta
Cada ideia, uma entidade, à parte
Louca disputa
Existem certas leis que o tempo todo operam
Minhas rainhas e reis, eis, aqui, o que esperam
O mundo é bem complicado para quem raciocina
Então, amigo, pensa rápido:
É uma bênção ou é uma sina?
Eu tô ouvindo, também, as palavras que eu mesmo digo
Um exercício faz bem, irmão, do rei ao mendigo
Eu vou remando, todo dia dialogo com o agora
Em minha própria companhia, não deixo o Gus ir embora
Aqui vai meu pergaminho, entre felicidade e dor
Seguindo o meu caminho de homem livre, sem credor
[Refrão x4]
"Black is back, black, black
Black is back, black is back
Black, back, back"

[Verso 3]
Mais um garoto
Que vasculha o próprio esgoto
Não dá tempo de ficar cuidando da vida do outro
Renascendo pro universo como ser humano, ainda
No dia a dia, na correria, sabedoria é bem-vinda
A televisão ligada, amigo, é livro fechado
No rolé de skate, switch
Desenvolvo o outro lado
Trago versos
Que transformam a paisagem
Mas tá lá: a Babilônia sempre mega-bela e selvagem
O livre arbítrio
É a maior das facas de dois gumes
Focar bem no equilíbrio, então, aumenta esse volume
As rimas são singulares para atingir no plural
Na terra inculta do egoísmo, vagabundo passa mal
Quero a vivência do velho
E a energia do moço
Todo mundo tem um dia ruim, mas hoje tá osso
A saudade, esse é o sentimento mais latente
Assinado, seu estranho vizinho da frente