Black Alien
Valsa Com o Poeta
[Verso 1: Cris Delanno]
Pegue os seus pontos fracos
Cate e junte os seus cacos
Sinta meu estilo oco e opaco
Um aviso aos navegantes
Passageiros, tripulantes:
Nada será como antes
Será?
O amargo gosto doce
Sei que foi ela que trouxe
Bela ao grau d'eu não lembrar de nada d'antes dela
Só eu vejo os tons em sua aquarela
A paixão não tem cautela
E o amor é uma capela
Tão sagrado quanto o nosso infinito
Tão profundo e delirante
Eterno cavaleiro errante
Quase um Dom Quixote de Cervantes
O amor que a gente sela
Beija as pedras na janela
Tudo passará por nós
Ficamos eu e ela
Será que o tempo não congela?
Será?

[Verso 2: Black Alien]
No começo, o primeiro aviso
Coração dispara e os pés perdem o piso
Congela; sem ela, espera
De primavera a primavera
Amor: mosteiro de regra severa
E nos simples sonhos, felicidade simples
O sonho é lindo, indo e vindo
Indo e vindo
Às vezes, chorando
Às vezes, rindo

[Outro: Cris Delanno]
Será que o tempo não congela?
Será?