Flora Matos
Então Toma
[Verso 1]
Meu foco é precioso, é alvo novo no jogo de outros
E é perigoso, armadilhas pra não cair
Caminhão de flow caboclo
Chega ao inovar o novo
Questionaram por um tempo
Porque o poema era assim
Livre como um passarinho, marcado como um carimbo
Escrito: deixa eu ser eu e as outras mil partes de mim
Um mar de polaridades e a genialidade
Andam de mãos dadas além de onde sonhamos ir

[Ponte]
Nítido que o infinito pode encontrar o destino
Mudar de não pra sim, onde é começo era fim
Meu caminho é meu amigo, o sinal é positivo
Agradeço o incentivo de quem botou fé em mim
(2X)

[Refrão]
Se me concede a dança, elegância e cautela
Danço conforme o som e você declarou guerra
Se a guerra cabe à luta, continua na interna
Juntos, somos mais
Quem é de verdade fecha
Muitos convivem fazendo e vendendo média
Não mede ocasião pra ser tirada na quebra
Sem muita conversa de si, levanta de pressa
Brincando com coração de quem te ajuda, é mó guela
[Verso 2]
Eu vim de dentro de uma semente, plantada por Deus
E por muita gente
Cês que ensinam, eu sou só um ser que aprende
Viver não é viver se não houver quem cuide sempre
Só assim, sua a flor brota, e aí a flora rende
Recupero o mundo se eu chegar humildemente
Tenho convicção no que eu boto fé e to crente
Definir pra conquistado e faz ser diferente
Visão de quem brotou da terra, e viverá pra sempre
Cantando na madrugada, voltando pra casa
Imagino o mundo de mãos completamente dadas
Visão embaçada, sonho, visão imaginária
Que eu tô louca, apegada
Talvez um pouco atrasada, quem sabe adiantada
A terra é minha morada, não sou daqui nem de lá
Sou de qualquer quebrada
Meu nome é Flora, eu tô salva, o rap é minha casa
Eu moro nele e ele mora dentro da minha alma
Tenho papel, lápis, e borracha não falta
Meu fiel me aceita e eu to complemente calma
Tenho fé na palavra qualquer que seja falada
Acredito no poder e em tudo que ele causa
Minha missão na terra quando eu nasci me foi dada
Cantar com meu coração, com sentimento e com garra
Isso que eu tô fazendo, licença com toda calma
Doença é nada quando a música é o que tudo sara
[Refrão]