[Produzido por Shawlin e DJ Castro]
[Verso 1: Tapechu]
Eu dou a volta no mundo, enquanto o mundo dá volta
Ele é a revolta, se solta, e a consciência me escolta
De si não da pra correr, e é o que ela deixa bem claro
Minha sombra encaro
E pro duelo eu me preparo, não paro
Pois continuo seguindo sinceramente
Ao que pensa minha mente
Ao que o meu coração sente
Sem arrependimento
Dispenso ressentimento
Sempre atento ao ensinamento que eleve o conhecimento
Ter memórias, glórias, histórias, vitórias pra contar
É um motivo pra não cansar, enquanto não se alcançar
É o que vai determinar quando tudo terminar
Se tu veio só a passeio ou tentando direcionar
[Verso 2: Kamau]
Um, dois, três e
Já que ninguém veio pra ficar, então resolve
Qual impressão que cê quer deixar?
De quem fez o que podia pra cumprir a missão
Ou de quem tinha na mão e não prestava atenção?
Na lição de cada dia, quem tava contigo dizia
Que já sabia e só você fingia não perceber
Não saber da própria função
Pensar agora pro seu tempo por aqui não ser em vão
Então, ser ou não ser, eis a questão
Servir ou não servir é o dilema de todo ser vivo
Que sabe bem o motivo de tá na terra
E tá no front, na trincheira, nem sempre é tá na guerra
Então vai, decide, quem não ajuda não atrapalha
Eu atropelo quem só tá de brincadeira na batalha
Não dá falha agora
Quem trabalha quer espaço
Quem não sabe pra que serve não se serve do que eu faço
[Refrão: Tapechu e Kamau]
Quem vive pra servir, quem serve pra viver
Quem merece o que tem, quem faz por merecer
Quem vê a si mesmo se perder no momento que é pra valer
Só lamento por você, perdeu a chance de viver
Quem vive pra servir, quem serve pra viver
Quem merece o que tem, quem faz por merecer
Quem vê a si mesmo se perder no momento que é pra valer
Só lamento por você, perdeu a chance de viver
[Verso 3: Tapechu]
Penso tanto, jogado num canto
Intenso sentimento me diz quanto
Bom senso traz uma vida sem prantos
Enganos são concebíveis, mas é bom não acostumar
De ter que se conformar a cada dia que tu falhar
Há males que vem pra bem, como há bens que vem pro mal
A distinção do que é real é um ideal essencial
Nem adianta se esconder, que a fuga te leva ao nada
Perdido na encruzilhada, com alma estilhaçada
Com a calma abandonada é difícil escolher um caminho
Sensação de solidão até pra quem não tá sozinho
Neguinho se perde
E vence o prazo pra tirar o atraso
Se tu deu pala seu caso não foi acaso
Viu tudo que não quis, e seu erro já tá pago
Mas se persistir
Seu sofrimento é parcelado
Se mantenha acordado ou você pode se fuder
Se tu não vive pra servir, não serve pra viver
[Verso 4: Kamau]
Quem tá nu rumo de verdade, usando a habilidade que tem
Nem a metade, quem tem boa vontade vê bem
Cuidado com a maldade que ronda
Porque tem Judas que te ajuda, te sonda e te suga
Não julga
Mas joga o jogo na certeza de quem tá do teu lado
Quem se aproveita da sua nobreza
Só você sabe quanto vale seu dom
E Darth Vader tem vários pra corromper seu lado bom
Que seja, mas que a força esteja com você
Pra decidir se vai servir ou se vai se render
Vai vender por quase nada o presente divino
E dizer: "Não pega nada, é esse o destino!"
E no final se arrepende, pensa no que perdeu
Se pergunta onde errou, onde se corrompeu
E eu?
Acho que já sei pra que sirvo
Sigo tentando, representando, enquanto eu vivo
[Refrão: Tapechu e Kamau]
Quem vive pra servir, quem serve pra viver
Quem merece o que tem, quem faz por merecer
Quem vê a si mesmo se perder no momento que é pra valer
Só lamento por você, perdeu a chance de viver
Quem vive pra servir, quem serve pra viver
Quem merece o que tem, quem faz por merecer
Quem vê a si mesmo se perder no momento que é pra valer
Só lamento por você, perdeu a chance de viver