[Refrão] (x2)
Cuidado com o que você deseja
As coisas acontecem rápido demais
Aquilo que não puderam me dar
Eu já nem sei se quero provar
[Verso 1: Qualy]
Ainda bem que eu tive alguém que se preocupou
Com críticas construtivas me alertou
A intimidade que o tempo cultivou
E que fez a gente subir, sem ele sozinho estou
Desço do palco e subo o sangue em prol da paz
Quero a união nos lugares que eu passo
Dos lares que deram espaço e a mensagem que eu faço
Ser mais eficaz (100% Haikaiss)
Quanto mais tenho certezas, mais vezes eu peco
Nessa luta diária com o próprio ego
Falo sério, tamo só no aquecimento
Eu vou ter muito mais motivos pra fazer versos de agradecimento
Se em um momento de solidão, um sim entre vários não
O sorriso da multidão que nos aguarda
Se for questão de rap eu sou vanguarda
Haikaiss, Golden Era e a palavra se propaga
[Refrão]
[Verso 2: SPVIC/Qualy]
Olha no espelho! Duvidou de quem me espelho?
O olho vermelho contradiz cada pedido que eu fiz pra conhece-lo
Espero Deus, não só pra vê-lo ou por apelo
Mas questionar sobre porque pedimos zelo mesmo ao absorvê-lo
Construímos nossa ilha, uma versão de um pesadelo
Um Tietê e suas tietes, poesia do desespero
Praticando o desapego? Não! Se apegando as coisas erradas
Se matando por vagas
Algo errado que acata esse império das pragas
Impondo provas amargas, pois dinheiro aqui estraga, te estraga
Ambição de ser quem enriqueceu
De ter o que não deveria querer ter
Não vim só pela party, sou logo do Atari
Na terra onde não me entenderão até que eu pare
Polícia é nossa cárie desde Stálin, então gravem
23 invernos é só o início da mensagem
[Refrão]
[Verso 3: Spinardi]
E eu fui buscar na escalação de diversos times
Fui campeão, time, cinegrafei filmes
Do tempo que é pouco, sim, psycho
Visões que contemplo e observo
Escravos dela, ocasião, minha luz
Fechei com a fé andando em abertos regimes
Conquistei, foi bom pelo clima da prova
Disfarce na prosa, humano em declínio
Humanos, declínios
Eu não, o que tu hesita eu não hesitei
Tempo bom, uma cura pro tédio? Não
Eu te afirmo que tempo bom é do mesmo vira remédio
Chapa, deixa eu falar
Eu sou um estranho do asfalto que por ser dele eu te soo familiar
Eu te conto o segredo, eu mudo o lugar, eu faço vingar
A insanidade da vida eu faço vingar
Converso com o passado que me diz
Que um bom colecionar não coleciona cicatriz
[Refrão]
Cuidado com o que você deseja
As coisas acontecem rápido demais
Aquilo que não puderam me dar
Eu já nem sei se quero provar