[Refrão - SPVIC e Pedro Qualy]
Oh
Outra missão
Nova forma de pensar
Nova forma de agir
Novo seguimento
Outra opção a se seguir, decida-se se tiver
Outra missão
Nova forma de pensar
Nova forma de agir
Novo segmento
Outra opção a se seguir, decida-se por que
[Ponte - Pedro Qualy]
O tempo passa, os planos mudam
A gente planta, os ricos chutam
Depois reclamam que as flores murcham e se camuflam
[Verso 1 - Pedro Qualy]
Na cidade de pedra completa
Pras pessoas que se julgam de ética certa
Mas me diga como se a ética nunca teve dono
Como é que se pode julgar se eu to errado em quesitos
Meu jeito de falar, meu cabelo, como eu me visto
Por que, que a gente tem que ser marginalizado
Proibiram minhas gírias pra eu falar que eu sô errado
Não faço som de gueto por que eu não vim de lá
Mas sempre que eu colo é pra somar
Não falo de vaidade, por que eu não sou assim
Falo do que realmente acontece, é por isso que eu vim
[Ponte - SPVIC]
Eu vou mudar, tentar viver
[Verso 2 - SPVIC]
Então me diz o que impede a gente de ir em frente na chuva
Sem saber se corre rasgando o asfalto na curva
Correndo o risco por gosto não muda os problemas
Meu rosto esboça a liberdade de verdade
Me ajuda com esses sonhos
Já sigo um caminho mais maduro que o de todos
Mais calculo, mais projeto exclui os tolos
Bolos, só no aniversário e olhe lá
Assino provas, gabaritos e não vejo o que comemorar
Consciência antecede
Quem tá do meu lado pede pra Deus proteger a gente
De qualquer acidente no rap
Na real eu não falho
No rap só tem um caminho não adianta pegar o atalho
Durmo das 3 às 5, o despertador tem roncado
Correndo a pé pro metrô, pra variar atrasado
Trajeto longo, povo apertado
Tá a Lady Gaga no vagão e ninguém olha de cansado
Meu salário tá errado, tem demora tá contado
Meu aumento tá encalhado; e o que é banco de hora?
Já faz tempo que eu quero ir embora!
Fico horas nesse aperto, e banco livre só vai ter lá fora
A vida não tem bula, burla quem tem gula
Manda e quem só anda dificulta, anta ou mula que estipula
Atura a vida como um peso, qual será seu preço
O desabafo do mundo, já fui como um começo
[Ponte]
Eu vou mudar, tentar viver
Eu vou mudar, tentar viver
(Haikass novamente...) Viver
[Verso 3 - Spinardi]
Correndo e reacendendo a chama
Vejo que quem difama, clama
Meu mano desencana isso é na trama
A dama gama em que tu tem, porem recém banho de lama
Desperta roots, atitudes tais de quem a tempo não divide a cama
Ferida inflama, cana, caio sobre o asfalto, falta fez a grama
Pergunte-me de meus problemas, temas, minhas composições
Depressões que completa a pena
Mérito da atriz ou de quem preparou ela pra cena?
Engana essa matina me anima e me desanima, cobrança de disciplina
Rotina que tem enquanto dorme
Em caso que se firma, desprezo tirando fina
Bocejo e fecho a cortina pro sol que desbaratina
Lembro das conversas, cinzeiro e seu cheiro forte
O corte, relembrei momentos e também quem me deu suporte
Pro ouvido zona norte o que emergiu
Vivendo com quem na rua troca vírgula por tiu
Viu? Sorte!
A nossa pela ética, não julgo pele estética
Tática é escapar da mente bélica
Mesmo com a própria agindo frenética
Me refugir em texto são diversos meus versos em conta métrica
Almas se situam na rua fonte energética
O estilo discrimina por trás de uma cerca elétrica
Nomes originais, conforme o peso do nome
Algumas estrelas brilham e do brilho nasce a réplica
[Verso 4 - Spinardi]
Agora eu me pego parado fumando um Free
Que de livre só tem o nome
Me livra da ansiedade mas me mantém preso no vício
Outra novela e seus ócios do ofício
E a curiosidade de saber o que há no topo do edifício
[Ponte - SPVIC]
Eu vou mudar, tentar viver...
Eu vou mudar, tentar viver...
[Outro]
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Você tem o poder mano