[MESTRE DE CERIMÔNIAS]
Atenção para essa história de um rapaz sofredor
Tinha tudo que queria, mas não dava valor
Tinha grana, fama, graça e raça et cetera e tal
Mas não tinha o prazer de qualquer mortal

Jamais lembrou de ser feliz
Com a vida bem no seu nariz

E fugiu de tudo que inventou
Fugiu e nunca terminou
Fugiu de si mesmo, foi-se embora e não voltou
Foi viver no mato, que rapaz natural
Atrás de algum prazer de qualquer mortal

Quem sabe um bem o verde faz:

[MESTRE DE CERIMÔNIAS & TRUPE]
Transforma a vida do rapaz

[MESTRE DE CERIMÔNIAS]
São noites claras, vinho e canção
Alguém juntinho lhe estende a mão
É normal pra qualquer mortal
E dispara o coração
Repara só
Um saci sem pé que sorri
Pardal tá legal, não nasceu pra colibri
Cada um agarra o mundo e puxa pra si
Só nosso herói que não

Repara só
Um saci sem pé que sorri
Pardal tá legal, não nasceu pra colibri
Feliz em Paris ou no Piauí
Cada um agarra o mundo e puxa pra si
Só nosso herói que não

São noites claras, cristais no céu
Enchendo os olhos
Enche um farnel
É igual pra qualquer mortal
Pois viver é seu troféu

Repara só
Um saci sem pé que sorri
Pardal tá legal, não nasceu pra colibri
Feliz em Paris ou no Piauí
No canil, no Brasil, não tô nem aí
Cada um agarra o mundo e puxa pra si
Só nosso herói que
Só nosso herói
O nosso herói que
Só nosso herói que não!