WRM
Zermatt
[Letra de "Zermatt" com Ber, Pedro Qualy, ADL, Thai Flow & Haitam]

[Intro: Ber]
Y'all, y’all, y'all
Y'all, y’all, y'all
É o Ber

[Verso 1: Ber]
Aí, WRM trouxe os manos pra Suíça
O hype ilude igual areia movediça
Nesse churrasco de vocês só tem linguiça
Seu pé na porta nem quebrou a dobradiça
O pai no beat é muita classe, te irrita
Esse teu subconsciente, ele me imita
'Cês 'tão na creche assistindo Mundo Bita
O mundo é meu, veja a história sendo escrita
São quinze anos fomentando essa cena
Em outros tempos quando não tinha glamour
Desde moleque preparado pro problema
Eu sou o rap, isso é um déjà vu
Lembro da Lapa, Reciclando Pensamentos
O Marechal, Batalha do Conhecimento
O Gil, o Sheep e a Firma Brasileira
O Rico Hemp, o Dropê e o Beleza
Freestyle bom na Lapa, só amigo envolvido
A vida é ingrata mas eu também não ligo
Foi há dez anos que criamos o Cartel
O ano era 08 e já sonhávamos com o céu
Hoje tamo além do céu
[Verso 2: Pedro Qualy]
Hey, yeah
E essa aqui eu fiz pra você
“Pra quem?”
Pra você
“Pra mim?”
É, pra você
Y'all, y'all, y'all, y'all
Vim perguntar só se tu tá bem (Sim)
Se tu tiver (Tô) e eu tô também (Aham)
Se for demais (Aham) devolve o troco (Plim, plim)
O tempo voa mas eu sou piloto
Eu só escrevo sobre tudo que acontece em minha volta
Então você faz parte da minha obra
É você que me guia, então não sei se a letra é própria
Nasci original, mas morrerei cópia
Êta vida dura, êta vida curta
Tô de mala pronta, tem que pagar as conta’
Fuck you, vida adulta!

[Pré-Refrão: Pedro Qualy]
E quando eu tiver pra baixo você vai me dizer: "não para!"

[Refrão: Pedro Qualy]
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Eu pus a minha alma toda nesse clipe
Minha lápide eu fiz na ponta do lápis
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Hey, yeah
[Verso 3: DK47]
Muito louco de cannabis já posei na aeronave
Tô vindo cobrar a banana que ’cês jogaram em Daniel Alves
Meu rap é a flecha na embarcação de Pedro Álvares
Eu rimo ao som dos tambores que tão vindo dos Palmares
Prados ecoam mares, minha tropa é tipo vikings
Versos invadem lares, meu rap virando hit
Olha quem de novo foi parado ali na blitz
É por isso que eu não rendo pra esses racista cuzão
Me chamaram pra esse som, não trouxe só rima pesada
Porque aqui na minha quebrada não se desperdiça nada
Não desperdiça comida, não se desperdiça água
Quem é sujeito homem não desperdiça palavras
The droga is on the table, the droga is on the table
Olha os boy fumando green, bebendo drinks Black Label
Olha, a geração internet não sabe interpretar texto
Nós é geração protesto e vocês geração PlayStation
Vacilou, pulei nos peito (Uh, uh)
Pegando todo preconceito e enfiando no meio do teu (Uh)
Filho chorou e mãe não viu porque essa porra aqui é Brasil
Eu sou DK47 contra MC fake news

[Verso 4: Thai Flow]
Baile com nós enquanto estamos vivos
Poetas são demônios narcisos
E a perfeição faz parte do ilusionismo
Então Van Gogh, devolva o nosso impressionismo
Vamos além da loucura, aquecendo a frieza de uma estrutura
Chame de Cristo, nossa cultura
Trazendo ressurreição, elevação, sem diplomas, pensantes igual Platão
Já debateram assunto como o aborto e a erva em um pensamento de minerva
Entendemos que a evolução é um cárcere pra quem a conserva
Eu fiquei na conversa esperando meu momento
Cronos, crie tempo pra dar tempo de eu partilhar os sentimentos
Odin, prepare um banquete pra mim
Tô fazendo história e quando eu subir é porque recuperei o nosso din'
Bastados em glória, chame de pardo ou neguin’, eh
Só aceite que a vitória é o nosso caminho, eh, eh
Só aceite que a vitória é o nosso caminho, é o nosso caminho
[Pré-Refrão: Pedro Qualy]
E quando eu tiver pra baixo você vai me dizer: "não para!"

[Refrão: Pedro Qualy]
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Eu pus a minha alma toda nesse clipe
Minha lápide eu fiz na ponta do lápis
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Hey, yeah

[Verso 5: Haitam]
Uh, Haitam
Bismillaahir Rahmaanir Raheem
Alhamdu lillaahi Rabbil 'aalameen
Ar-Rahmaanir-Raheem
Maaliki Yawmid-Deen
Iyyaaka na'budu wa lyyaaka nasta'een
Ameen
Calma, fiote, não desacredita não, fi
Falo em português pra ver se tu pega a visão
Tô adorando meu Allah antes de tudo
Por ter me blindado e não me deixar na mão
Com dezoito me jogaram na terra do Chávez
Deixei escola procurando oportunidades
Passaporte virou a minha identidade
Saímos sem um puto devendo até as passagem
Desde sempre era só nós três, né mãe?
Huh, só nós três
Eu, você, o Mekawe era três baratinado na fronteira mal falando português
Carregando uma vergonha que não era nossa
Todo mundo rindo vendo nós atirado na bosta
Khali Samir pegou o meu braço e fez de mim o seu primeiro filho homem casca-grossa
E hoje tá tudo bem, mãe, tudo bem
Ainda é só nós três, mas podia ser quatro
E o orgulho tá matando mais um velho libanês
Sorry, mama, me perdoe mama
Por não ter matado aquela velha chique
Que te obrigou a carregar aquela caixa no meio de todo mundo na Suzana Boutique
Hey-ho, let’s go, e não é que o jogo virou?
Moleque da norte pelo rap na Suíça
Meu verso já matou mil privilegiados que duvidou

[Refrão: Pedro Qualy]
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Eu pus a minha alma toda nesse clipe
Minha lápide eu fiz na ponta do lápis
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Hey, yeah

[Verso 6: Lord]
L-O-R-D, yeah
Pacifiquei botando fogo na mente dos verme
Dos que me disseram o que eu deveria fazer
Ouvi minhas vozes: “Ô Guilherme, Guilherme se afasta de quem se cresce, esse bonde não é pra você”
Os que me decepciona, os que tiveram por perto
Que viram tudo e hoje diz que eu to de marra por tá longe
Mas pra quem não ia nem no parquinho, e isso eles não viram então de raiva seu vou pra Amsterdã e Londres
Valeu Qualy, por essa canção bela
Falou verdade, me lembrou fãs tipo Canela
Romin', Marcin', se precisar toma pra hora
Que nunca tiraram o pé, sempre foram a mão na roda
Na festa das criança' eu lembro quem puxou dez
Na festa de Natal eu lembro quem puxou cinco
Na porta do bar eu lembro quem puxou cem
E tu lembra também, me desminta se eu minto
Lembrei de gente de bem, tipo o Tio Denilson, é
Que bebe mas não fala de ninguém
Cada um com sua responsabilidade
Eu tô comendo, eu tô bebendo, eu tive fome, eu já senti sede também
Os pés na Europa e o coração nos becos
Lembrem-se de mim pelas suas vielas
Amor, acende a luz que eu vou voltar pra minha favela
E isso não é retroceder, isso é estar livre de celas

[Refrão: Pedro Qualy]
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Eu pus a minha alma toda nesse clipe
Minha lápide eu fiz na ponta do lápis
Degrau em degrau, eu tô no Alpes
E olha que eu nem cheguei no ápice
Hey, yeah