[Verso 1: Leo]
Aí, ecossistema corrompido, dilema. Fruto proibido
Sinal inibido, esse sol ardido
Lixo fedido, humanidade, fala a verdade
Não irradia luz, me impus. É, dia corrido
Seguindo o fluxo, vida circular
Nascer, crescer, morrer. Viver: caso particular
Inteligencia não é escolar. (A lá) Dinheiro move mundo em tudo
Sobrevivencia é que faz circular
Se pá apego ao ego independente, sei lá
Ao que é dependente: tudo demais é droga, pode pá
Se joga pra não ser julgado. Deus advogado
Jogo prorrogado após a morte. Não serei interrogado
Não, não tive sorte e pronto. Conto com o que tô ligado, mano
Mundo imundice, polícia imundo
Rato, acata o desacato, quem se perdeu sempre destrata
Tira a pata, se quiser mata é fato
Pôs o pé pra fora é predador ou caça. Desumano
Ser humano, extinta raça
Quem traça a meta do seu sonho faz o plano pessoal
Não é pessoal tá nesse plano, mano. Cano cospe viagem astral
Dano vital, real, qualquer existência sente a perda
Um mal que herda do passado, Africa
O mais prejudicado, atrasado, continente gueto, preto
Levaram o teto. Furacão sistema. Abortaram o feto
Bebê proveta, no papo reto, é treta. Não abraço
Me contorço, mas não torço o braço. A morte ao fracasso
Não passo a vez da vida é dom
Babylon quem é seu rei?
[Verso 2: Neto]
Presa, lata, desavença, droga, maço. Animal
Fadado a existir no mesmo lote de espaço
Exercendo o alter-ego, surdo e sujo de vaidade
Seu centro de gravidade até vim à tona o ponto cego
Do ponto de vista da sua zona de conforto
Devido à vista indevida do ponto o pitaco torto
Sereno abraça o corpo, eu sereno, morto
Universo paralelo diz: "Sequelo bicho solto"
Que não ousa cumprir sem consentir
Comprometendo o existir, não! Por que, por quem, entendi
O que é visto, permitido. O que é sabido, omitido
Pro usufruto indevido do mesmo fruto proibido
Subentendido esquecido. Seu viver: ser distraído
No entendimento intensidade, quase que faz sentido
É pré-suposto que é obtido raciocínio e emoção
Logo seu tempo e sua atenção, no aconhego da bolha
É sua escolha essa condição, seu sonho pra tratar
Seu ego pra confortar no praticar das relação
E se apega no que quiser, no que puder, no que consome
No que te restar, Sapiens... e assim reina o homem