[Verso 1: Neto]
Acúmulos e resquícios. Lacaios. Ah, Deus
Perdão, por não rogar ainda não só pelos meus
Enquanto a ti murmuro, no auge do açoite
Frio da noite. É foice e mão de ferro no escuro
E os seus no meio. Vê. Creio e receio
Temo memo, mas veredito vem do Teu seio
Se omitir, contribuir também. Não pensar
É se iludir. Discernimento pra interpretar
E resistir ao juízo raso, abrevia os prazos
Não só o se redimir, também. Não vou mentir
Quase que sem sentir, mas levando a lenha
Ao fogo que não aquece nem ilumina, então que venha
Outro dilúvio, outro começo. Pai. Só a luz e o sal
O bem que cobra o mal que ainda não teve em resenha
Sem coniver com o errado pra respirar
Nem instinto pecaminoso pra interagir
Nem pensar. Por aqui vislumbrando religar
Deslumbrando recompensa. Compromete o existir
A trilha do sol nascente me chama toda aurora
Lote vinte e um após o único que fez jus
Ao plano Terra. Espírito na carne, inconsciente
Vão que viu passar o potencial transcendente
Tentar provar o que acredita ser o erro alheio
Ego e receio. Condição: consciência ignorante
Aversão, estopim. Assim rebelião covarde
E o tratamento de hombridade, compromete a eternidade
"Universo paralelo": Prisão vibracional
Privação: Paraíso - dimensão plural
Perdão. Não só por mim. Redenção