Síntese
Geração Elevada
[Verso 1: Síntese]
Mais que divã, meu afã
Milhas ao sul, vim representar o clã
Resenha sã, Matrero
Reunião dos sérios pela vida e seus mistérios
Luz que emana dos estéreos
Para além dos seus critérios
O Vale é bença
Leal e intensa, a diferença é a semelhança
E BH sente a presença, o bonde avança
Diverso verso
Peregrino do universo em expansão
Cérebro a dentro pra mudar sua percepção
Veículo ancestral de informação
Davizão deu visão, sagaz
Abertura dos portais pras legiões
Que vêm prestar os seus respeitos pelo Síntese
O que é preciso dizer?
Leso interno da guerra astral
Falo mesmo é sobre o natural
Um pouco de Hip-Hop real
Freestyle favela pra curar sequela
De SJ a BH acendo as mente à luz de vela
Não, e eu não mudo
Rap verdadeiro que educou nóiz tudo
Não, não, e eu não me iludo
O elo simples e singelo
Essa aliança tão sincera a nossa herança pra deixar
Pode pá
O melhor pros menor e só, vilão
Bora andar à sós
Se o truque é truco eu grito seis por nóiz
Paz
[Verso 2: Hot Apocalypse]
(Geração de levada, geração elevada)
E é só sentir, somos do tamanho das nossas ações
Independente de cores nações, corações
Fração que impulsiona ampliando as visões
Averso a divisão, dívida de visão
Se é isso que te supre então se sinta batizado
A rima adentra o loop, nem tempo de olhar pro lado
Atento hoje no mute e eu já falei um bocado
A tempos vi que aprendo mais quando fico calado
Viemos sem receio pra ser o recheio da carapaça
Fuga do recreio, sumo quando os cara passa
Pra cada boy reaça, um vagabundo de raça
Rap nacional é tribo e eu vim pra trazer a caça

[Verso 3: Vinição]
Me observo como servo a quem sirvo
Conservo-me na fé, aquecido
De coração sincero no desvio
Levando compreensão ao que é vazio
Desatando o laço, fujo no jardim de aço
Cujo passo vem em cada brecha
A flecha que é lançada ao sujo
Que não quer me ver puro
Quer me ver correr duro
Sei que vou sofrer, juro, pra te ver sorrir
Curando a enfermidade, capacidade aos que são
Na verdade simples é passageira
Tentações corriqueiras, prestações financeiras, inflações
Alucinações, vans maneiras de alcançar a liberdade vinda
Com o erro a gente brinda, fortifica
Assim como edifico o que eu escrevo
De que vale seu acervo, pendurar na rede
Se a água que vem do desejo não mata a sede, cede
Mic check, yeah
[Verso 4: Clara Lima]
(DV é tribo, original GE)
Evolução contínua, fez-se o feito continuar
Consagra-se poderes entre seres, visão ampla pros que são de lá
Sejamos mais do que vida em cena
Tô na viagem dos que partem não dos que acenam
Rimas, conteúdo atômico
Usaram esses versos para explodir um caixa eletrônico
Íntima, intimidar
Mina, linhas são joias, viaja nesse meu colar de pérolas
Mente aberta e crédula, só sei porque estive lá
Zona Norte, calcular, só quem se manteve lá
Mil Joana e Escobar, pena olga camará
Crédulos as cédulas sairão vítimas

[Verso 5: FBC]
Palavras ferem, cuidado com o que tu canta
Rimas são sementes, cuidado com o que tu planta
Muda, elevação
Inquietos podem mudar de opinião, conformados nunca
Deus dá nota, justiça do covarde
Quem blasfema do cifrão está condenado ao mármore
Indas e vindas, vem e vão
Lição pra vida é aprender que às vezes o tolo tem razão
A morte é a melhor parte da vida
Um realista esperançoso é um péssimo otimista
Luz nas trevas, na terra pela mensagem
Ódio vira lei, amar um ato de coragem
[Verso 6: Sant]
Quem é do problema sabe
A solução cabe num pente
Mas em quem tu vai atirar
Se o espelho tá na tua frente?
Por mais triste que isso soe
O quanto cê sua
Pro Sol não vai ser o suficiente
Eficiente como Willie Lynch
Ciente do tempo de espera
Pra termos revanche (passa a visão)
Matrero x DV Tribo x OmundoaoNorte
Avise ao verme: "sai da reta antes que eu te pranche"
É uma avalanche de flows, zero terror
Tiveram de ligar o Chinaski, os caixão acabou
Ô, ô, o Sant quem encomendou
Não é porque tem playboy no rap
Que a cultura playboyzou, certo?

[Outro]
Norte, norte
O mundo ao norte, norte
(DV Tribo)
Norte, norte
(Família Matrero)
O mundo ao norte, norte