[Verso 1: Leo]
Na imensidão do pensamento... e pra onde sopra o vento
Lá onde a vida é só um momento, que caiu no esquecimento
O processo é lento. E ao relento desatento
Sentimento. E a impressão que dá que é hora do arrebento
Então fazer o que, enfrento. Você quer o que, por que?
Não tá insento. Olha o mundo em volta vai correr do que?
Sem ter pra onde ir. Ter que entrar no bonde e ir
Ver que mudar não é só fingir, é morrer pra se corrigir
E é embassado ver seu passado no seu presente
E olhar pro lado, ver os aliado, não é diferente
É a mesma história: Sensação de Deus ausente
Na oração de fé. É quente, ano vai ano vem. Vem natal
E os presentes, não tem. Quanto tempo e eu nem vi
Se vivi. Mas ouvi, sabia que ia me servir
Aprender, que pra render, dividir
Surpreender, compreender, por ser daqui
Terra de povo culto, nariz em pé, exibido
Um passo à frente. Mas nada além do que já foi entendido
Guerra no subentendido, gera o sistema atrevido
Paz, justiça e liberdade berra o oitão do bandido
E o mundo não escuta, grito de quem morre na luta
Sua desgraça é lucro, junto com os trutas, alguém desfruta
E vagabundo chucro, na voz de assalto: "Vai, filho da puta!"
E é quando o ciclo faz a volta e volta em quem faltou conduta
Que disputa até migalha, a sobra na toalha
E se admira ao ver que tá na mira e os neguinho não falha
Não perde tempo ao pegar pra exemplo esses canalhas
Eu que não vou desesperar, só esperar a próxima falha
Que o mundo der, pra sumir daqui, se puder
E resumir minha vivência baseada na minha fé
Ainda que o tempo leve tudo. Os anos, os manos
Enganos em planos, não me tornarão um homem mudo