(Céu nublado, réu forjado, véu rajado
E um mar de gente partindo ao e meio um cajado)
Fui nas raízes dessa terra fraca e vi
Cicatrizes da existência opaca nada nas mãos
Enquanto tudo na cabeça ao sufocar o coração
Quando tudo foge da alçada, irmão, adentro o ser
Lá fora vaidade doutrina, outra sina suja
Lembra: Calçada suja e nossa raça dorme em cima
A verdade constrange, e todos evitam o constrangimento
Fingindo estar isento fabricando julgamento
Imerso mato seco, peco. Em comunhão com instinto, peco
Irmão ‘de toca’ no frio do tumulto, seco
Inferno é ser interno de qualquer estado enfermo
O sonho é nuvem e se torna dilúvio onde as paredes ouvem
Sozinho, te faz perder o controle do caminho
Em meio às setas te culpa da existência da contra-mão
Tensão do farol fechado, coração fixado
Entre o peso do fardo e a razão que tem o cerol
Essa é a lage do profeta sem nação
A fome do horizonte e o quanto o mundo respira do seu pulmão
E faz questão de cobrar seu pão, irmão! (céloko)
Todo mundo briga e ninguém tem razão
Divago a confirmação rumo à meu leito
Concluo: O expandir da mente torna o labirinto mais estreito (e o peito?)
E assim vão-se os dias, voltam as noites frias
Despertando em morte, caminhando de surto em surto
Equilibrando o cataclisma diário com o quanto pesa na balança esse silêncio
(O vento sul me aponta o norte)
Nem tudo se perdeu onde herda descomunalmente, mano
O ser humano é um neurônio de uma grande mente, gente!
A intuição é a asa da imaginação
Que cultiva o divino saber: O princípio
Na equação absorver não é observar, perdoar: Absolver
Um sentimento a preservar, mais que alguém pra se envolver
Crer, viver, amar, perder: Ganhar, saber tratar
Conhecer: Olhar como se fosse a última vez!
Respeite tudo ao seu alcance, o espírito além do templo
Leve o pensar ao sentimento, irmão, a vida é tratamento
O ancião não figurou ao mencionar perfeição
Vislumbrou? Eu entendi, falta fazer, irmão
Perdão qualquer fita, mas faz mais sentido ser extremo
Onde o entendimento não alcança e loucura é ser sincero consigo mesmo
Uma pedra quebra o bloco, vigia!
Bendita a cria que ousa amar entre os mortos
O bom senso é longe do nosso conceito de pódio
Enquanto o pré conceito próprio trouxer o pós conceito ódio
Que provemos, porém, intervenho intercessão
Pra onde o mal exemplo estimula tudo, menos perdão
Quem defendes? Quem afrontas, irmão?
Cesses o jugo: Fim das contas: nossas mães e suas preces
Em favor réu existe um céu
Em favor réu existe um céu (vô lá)
Em favor réu existe um céu
Em favor réu existe um céu (vô lá)
Pra onde o amor se faz louvor
Pra onde o amor se faz louvor
Existe um Deus (eis-me aqui.) existe um Deus (senti!)
Existe um Deus (eis-me aqui.) existe um Deus (senti!)
Existe um Deus!