[Intro: Mano Brown]
Fértil como a terra preta é a mente do vilão
Quem vem lá, seis função vindo de galachão
(peraê)
[Refrão: Banda Black Rio]
Você não sabe de onde eu vim
Você não sabe o que é sofrer
Cosa Nostra tá chegando aí
E todo mundo vai saber
[Verso 1: Du Bronks]
Pode par que não dá ímpar, sou Du Bronk's
Entre lobos e hienas passo á vonts
No volante do fusquinha essa é a visão
Coleta das verdinhas dividindo o pão
Febre da ZS, vida gangsta
Rimas e brilhantes, Cosa Nostra
Perigo do caraio, a vida é passageira
Chega de ensaio, a cena é verdadeira
A banda é a Black Rio, a musica traz sorte
Representa Brown, chega Don Pixote
Do lado dos monstrões, William Magalhães
Nessa qualidade vem alguns milhões
Não sabe de onde eu vim, talvez não vai saber
O Rosana tá aí, agora é pra valer..
[Verso 2: Don Pixote]
Vamo caminhando observando, tenho uns planos, executando
Na terra da garoa tá lucrando
Andando contra o vento, vou vivendo um clima tenso
Revolver na cintura de All Star e lenço
A Cosa Nostra vem, só pra contar as de cem
O Bang Loko tá aqui, com a Black Rio zen
Alguns pipocas vem, a arma tá sem trava
Sem silenciador pra oureiada, vai pras nuvem
Em campo de novo, pode vir, tem vitória
A maioria é o povo, só quer fazer o bem
Nego faz refém, os branco que aqui tem
Só pega o que tá dentro da mala sem ferir ninguém
Salve FEBEM, me inspiro com o Wu Tang
Canta a realidade das ruas que te leva além
É o fim que vem, tipo o Ryu e o Ken
Quem representou bem demonstrou ter coragem
[Refrão: Banda Black Rio]
[Verso 3: Mano Brown]
E no princípio era trevas, no início do início
Um cego leva uma leva, a um passo do precipício
Não de som nem de erva, louco de solidão
No princípio era trevas, Malcolm foi lampião
Lâmpadas para os pés, negros do dois mil e dez
Fã de Mumia Abu Jamal, Osama, Saddam
Al-Qaeda, Talibã, Iraque, Vietnã
Contra os boys, contra o GOE, contra a Ku-Klux-Klan
E eu já pã, de manhã, dando um pelé nos Rocam
Pé-de-porco é pé frio, e cês é meia de lã
(hã,hãhahã,hã,hã), e o blunt é de maçã
Tá firmão, tá suave, sem flagrante na nave
Sou crioulo, sou chave, e elas gostam assim
Não ando sozinho, sabe, tenho vários por mim
Olha! enquadraram os patrícios, vish, o molho azedou
Abandonaram o Peugeot, pularam o muro a milhão
Só se for, vai que vai, os moleque é zica carai
Dá trabalho, né? Na selva a gente é o que é
Porque não tem alarme bom quando o bom ladrão quer
Cês dão taça de veneno e quer suflair?
Fértil como terra preta é a mente do vilão
Quem vem lá, seis função vindo de galachão
No coração da quebrada, percorrendo as artérias
Vão, vão, nunca em vão, espalhando os sonhos em grãos
Na contenção sem férias, nem cor nem close
Um alvo sem pose, magrelo chavão desde os doze
Meu país demonstrou vergonha de ter minha cor
(hã,hã), seus cuzão, não é pra qualquer um memo não
Enquanto a vanguarda negra e a vã
Filosofia sã, Fundão, meu divã
Inédito em avant-premier, não durma no barulho
É a Banda Black Rio na porra do bagulho
[Refrão: Banda Black Rio]
Você não sabe de onde eu vim
Você não sabe o que é sofrer
Cosa Nostra tá chegando aí
E todo mundo vai saber