[Intro: Mano Brown]
Você me deve!
Você me deve!
Você me deve!
Você me deve!
[Verso 1: Mano Brown]
Sob o céu cor de prata, sobre o chão cinza-chumbo
Do Capão pro mundo, é nós por nós, vagabundo
Vesti minha camisa listrada e saí por aí
Por dinheiro, caraio, não pra curtir
Entre putas e loucos, caretas e locs
Arrombados em choque, chamam no walkie-talkie
Reino da malandragem, o asfalto é selvagem, é danger
Coxinha de Santana e os malandros de Ranger
Vida Loka original, dos barracos de pau
Percebeu que o vil metal
Só não quer quem morreu, morou, meu?
Morou, meu truta, é a cena, é o bangue
O chavão, de Golf sapão, vermelho-sangue
Por mil camarões, santas reuniões
Será o Ali Babá e seus quarenta ladrões?
[Ponte]
Digo: se o preto gosta de curtir no salão
Se o preto gosta de curtir no salão
[Verso 2: Mano Brown]
Ê, salve, salve, salve nós, salve, massa
Viva la raça, progresso pros nossos
No fundo da boate ampliando os negócios
Matando o dragão da preguiça e do ócio
Onde os pretos de coragem exibem os bling-bling
Sem axé, sem massagem pros cus do plim-plim
A vida é difícil, sim, Jhonny
Companheiros pedem sua voz ao microfone
Por mim, só satisfação, tamo junto, isso mesmo, tru
Rappin' Hood, Lakers, eu também sou Zulu
Família unida, esmaga boicote
Ê, bora, Pixote, Hollywood não espera
Nova era, os pretos têm que chegar
Tem que ser assim, tem que chegar, por que não?