Gigante No Mic
Encruzilhada
[Intro: Gigante no Mic]
Eu e mais meu bando vamo
Com Deus no comando, damos
Adeus pra esses Vando, o ramo
De Fariseus tá acabando, oramos
No Coliseu dos romanos, os manos
Até ateus tão se armando a mando
De Zeus que tá amando o dano
Eu vim do lixo, que se foda que não passo o pano
Atentado Napalm é o ano

[Verso 1: Gigante no Mic]
Caligrafia na rima, viro a cultura que me destina
Xilografia da China, xilogravura bem nordestina
No meu panteão, Lampião ascendeu
Iluminando o sertão, bebão de uísque no breu
Movimento messiânico, demônio cabreiro
O parlamento que é satânico e não Antônio Conselheiro
Era dos vagabundo, retorna a sublevação
Nessa guerra de canudo, diploma não é graduação

[Refrão: Buneco]
Fácil é falar que são de rua
Difícil é ser facção de rua
Segura, filha da -- ahn ahn
Não existe lugar que nóis não cruza
Na encruza na madruga, as criatura
Ritual de rima crua e pura

[Verso 2: Buneco]
Eu continuo aqui vivendo na desgraça
Comendo galinha e bebendo cachaça
Bem no veneno da lata
Que bem amassada corta como faca
Rimando com a raiva de mil vira-latas
Sem receber verba de entidades
Só recebo verbos de entidade
Um salve Speed Freaks, Dina Di, Sabotage
Sempre que quiserem se manifestar, sintam-se à vontade
Sem alma, seu rap é um lixo
Sei que desse nicho só querem o luxo
Basta dar uns puxa e já se acha o bicho
Isso faz com que nunca superem um bruxo, sujo
Seu olho gordo não vence meu olho sharingan
Faço o despacho na turnê e levo o Orixás de van
Deixo sua cara inchada e pan, tomando chá de kun
Conquisto territórios, sou o novo Gengis Khan
Ao serem faladas e ao modo que soa
Movendo palavras eu movo pessoas
Buneco rimando é macumba, invoca da tumba Fernando Pessoa
Comendo só o pão que o diabo amassou
Bebendo só o gole que era pro santo
Pra ter vida eterna, é por isso que eu canto
Isso é magia negra e meu verso é o encanto

[Refrão: Buneco]
Fácil é falar que são de rua
Difícil é ser facção de rua
Segura, filha da -- ahn ahn
Não existe lugar que nóis não cruza
Na encruza, na madruga, as criatura
Ritual de rima crua e pura

[Verso 3: Eko]
O público acende vela pra caralho
Quando tô no evento e no palco faço o trabalho
Em qualquer região, a legião no itinerário
Incluiu seu santuário, vou arrebentar o rosário
Passa o charuto que sobe a marola
Aqui no trono esbanjo minha classe
Mostra domínio quando passo a bola
Não quero saber que desperdicei passe
Desenho o ponto do feitiço
Sabe que eu sou rei disso
Me traga uma peça de roupa e o nome completo e eu dou o meu início
Me desculpe, ou me culpe
Nesse loop do Scooby
Que eu esculpi outro rubi
O level subi contra os noob
Que diz, prego a paz do versículo
É bom ficar esperto e ver se colou
Uma disputa infantil de triciclo
Deixa o povo perdido em círculo
Eu trago agonia (Eu trago agonia)
Igual microfonia (Igual microfonia)
Ouvia nos grito de horror sinfonia
Pra quem tá perdido, essa voz é uma guia

[Refrão: Buneco]
Fácil é falar que são de rua
Difícil é ser facção de rua
Segura, filha da -- ahn ahn
Não existe lugar que nóis não cruza
Na encruza, na madruga, as criatura
Ritual de rima crua e pura
Fácil é falar que são de rua
Difícil é ser facção de rua
Segura, filha da -- ahn ahn
Não existe lugar que nóis não cruza
Na encruza, na madruga, as criatura
Ritual de rima crua e pura