[Refrão x2 - Maze]
Vale tudo, em busca da fama
O ego demanda uma vida mundana
Lei da selva, cenário de guerra
Que impera nesta era leviana
[Verso 1]
Toda a gente quer ser um conhecido
Todos querem, o seu ego bem nutrido
Eu só quero estar na minha, passar despercebido
Conseguir andar na rua sem ser reconhecido
Todos a postos a contar gostos, visualizações
A dar opiniões no mural das lamentações
Seres virtuais, vidas banais em construção
Fenomenais na ilusão da perfeição
Na grande montra, na crista da onda
Quem afronta, digitalmente leva na tromba
Seitas de frases feitas, selfies perfeitas
Médiuns de lugares comuns, grandes ideias
Geniais pais de verdades absolutas
Nas teclas de déspotas em disputas
Toxinas mentais em doses letais
É insalubridade pública nas redes sociais
[Refrão x2 - Maze]
Vale tudo, em busca da fama
O ego demanda uma vida mundana
Lei da selva, cenário de guerra
Que impera nesta era leviana
[Verso 2]
Pérfidas, fétidas, criaturas diabólicas
Enguias viscosas, dão-me cólicas
Magistrados de teclados em quartos
Desconectados do agora, em rede ligados
Hologramas, mais uns gramas de ciber-espaço
Snifado, estão como o aço as mentes insanas
Patologias crónicas, mnemónicas
Verborreias vomitadas em desgastadas fórmulas
É a sede da fama, quem não chora não mama
Escalada horizontal à pala da cama
Valorização na bolsa do capital cultural
Técnicas de persuasão, estratégia viral
Élites de vips, a nata da nata
Coitados, inseguros agarrados à prata
Craques no cachimbo, com medo do limbo
Do esquecimento, és só mais um desconhecido
[Refrão x2 - Maze]
Vale tudo, em busca da fama
O ego demanda uma vida mundana
Lei da selva, cenário de guerra
Que impera nesta era leviana