[Letra de "Bobinagem"]
[Refrão]
Enquanto te preocupas com a imagem
Eu preocupo-me em melhorar o conteúdo do meu sound
Enquanto calculas a vantagem
Eu preocupo-me em saber muito mais do underground
Enquanto desfruto da paisagem
Tu estás preso na tua fútil imaginação
Sei que muitos estão aqui de passagem
Enquanto esta cultura encravou no meu coração
[Verso 1]
Magia em forma de escrita, uma cena meio esquisita
Fez me alcançar a luz, por entre bordas entreditas
Inocente, encurralado, da vida ignorado
Culpado do nada, do tudo pertencente ao passado
Nada era me dado, apenas restos do estrago
Chorava p'ra que a verdade viesse quando deitado
Fui o que não quis, e quis o que não tive
O sonho de prosperar ainda espero que se realize
Sou personagem de um filme de drama, abdico da fama
Atinjo níveis duvidosos quando estou sobre a cama
Expressões são proclamadas em frases de um socorrente
Escorrem pela dita da caneta enquanto se sente
A necessidade de se libertar, o poeta que sofre
Refletir consciente, é a chave do cofre
Mas o quê que me move, se o dinheiro não me comove
É o grande tesouro que trago desde 99
Não são fios de platina, e muito menos ouro
O segredo esconde-se nas quatro paredes da casa do mouro
Aceito as opiniões, espero que alguém me critique
Transfiguro-me, independentemente do beat
Os meus versos conduzem-me ao túnel da felicidade
Inevitável p'ra além da morte p'ra mim é a verdade
E tú tens de ouvi-la, não podes fugi-la
Por mais que a tua consciência recuse, eu vou insisti-la (ham)
[Refrão]
Enquanto te preocupas com a imagem
Eu preocupo-me em melhorar o conteúdo do meu sound
Enquanto calculas a vantagem
Eu preocupo-me em saber muito mais do underground
Enquanto desfruto da paisagem
Tu estás preso na tua fútil imaginação
Sei que muitos estão aqui de passagem
Enquanto esta cultura encravou no meu coração
[Verso 2]
São como as do equador, as linhas que traço
O mundo ignora mas no fundo respeita o que faço
Cada passo para trás compenso, 10 a frente
As minhas rimas adaptam-se consoante o ambiente
Retenho o ar dentro de mim, suspiro poesia
Encho ao nascer do dia, a mente adormece vazia
Creio em ter a mente infinita como o universo
E os pecados que comenda nenhuma santidade confesso
Navego no oceano da sabedoria de noite ou de dia
Hoje transmito mambos que ontem desconhecia
O rap libertou-me, deu-me uma nova vida
Fez desaparecer as cicatrizes, sarou-me a ferida
Brilho no palco, como as estrelas no céu
Não empresto o mic a ninguém, quando o tenho é só meu
Mas a vida oferece-nos com cada surpresas
Neste jogo, também caçadores tornam-se presas
O sangue puro bombeia na veia que desencadeia a ideia
Na mente alheia e semeia versatilidades nessa odisseia
Nunca quero sair desta prisão chamada liberdade
A liberdade do alto domínio da mentalidade
Hoje em dia tudo mudou, o falso é aplaudido
Iludido por um público sem conhecimento adquirido
As rimas transmitidas já não se fazem sentir
Como provocares um eco e a tua voz não repercutir
Espero o regresso do hip hop ao seu estado normal
Nas ruas onde descobri nisto potência musical
Ultrapasso complexos a procura da utópica união
De pretos ou brancos para reerguer essa nação (ham)
[Refrão]
Enquanto te preocupas com a imagem
Eu preocupo-me em melhorar o conteúdo do meu sound
Enquanto calculas a vantagem
Eu preocupo-me em saber muito mais do underground
Enquanto desfruto da paisagem
Tu estás preso na tua fútil imaginação
Sei que muitos estão aqui de passagem
Enquanto esta cultura encravou no meu coração
[Outro]
Ham ham, é me'mo assim Sam the Kid
É me'mo assim ham, Rage Sense
Ham, [?]
Ham Raf Tag, Dj Samurai
Mad Tapes, Iracnídeo
Satânico Mc, Chunos, Imoglobinas, Afro Genesis, Patriarca, Salvaterra
Reverendo Cerebral, yeah, ham ham
Hip hop tuga, hip hop Angolano
Tasse bem