Léo Casa1
Quebrada
[Intro: Vietnã]
Ei, ei, som, ham
Ei, Cypherbox
VH, Bino, H.E, Vietnã

[Verso 1: Vietnã]
Ontem eu tinha 16
Sonhava demais, fei
Roubava até paz
Boot do ano, perfume importado
Dinheiro era mato e nóis fazia' mais
Eu corri muitas vezes, chorei muitas vezes
Problemas iguais
Minha véia é devota, foi fuga nos bota
E cada derrota pra mim era gás
Me diz o que cê fez ou se faz pra se achar demais
Se de onde cê vem tudo vem na sua mão
Mal dessa geração: não faz nada e quer mais
Meu irmão me ensinou o bem, sei por quem
Por isso corro atrás
Não fuja da luta, honre a conduta
Pague o que for, valor só pros reais

[Refrão: HE, Vietnã]
E eu era só mais um moleque da quebrada
Hoje ela é minha e por ela eu vou fazer virar
E cê num sabe da metade
De onde eu venho é sem massagem
Ou corre ou morre
Eu tô sem tempo pra explicar, fui
[Verso 2: HE]
De lá da pedreira distante da cena
Subindo ladeira abraçado com a dor
Vi o homem e a pedra com a mente no monte, o corpo ficou
Qual o fator que te afetou, qual sua desculpa no meio da selva?
É muita pergunta, quem traz resposta?
E pra falar bosta, vejo mó leva
Daqui posso ver onde a mente me leva
Mas o foco já tá na proposta
É o hip, é o rap, [?] no Zona Sul
Sem ideia torta, truta
Rap não é disputa, pelo menos não era
Pois sei que pra quem escuta vale bem mais a ideia, oh
Vale mais a ideia, oh

[Verso 3: Bino]
Na-, na-
Ainda é júnior pagando de bandi'
Rimando igual Sandy, nem conhece Bone
Larga o microfone
Sua profissão quem assina carteira é o Oscar Maroni
Sangue na bic, público pequeno
Mas amor gigante, quebrada ou favela
Rap fashion week, só liga pros pano
Não encosta no gueto, MC passarela
Trombar esses mano em evento de rua malaco daquele jeitão que nóis gosta
É fácil igual trombar o Dória pilaco foscando um beiral fazendo pé nas costas
Já foi a moda ser hippie, hoje o que a moda manda é ser hype
O que eu quero é só ficar rico com rap, sem dever o Denarc
Santo forte, grau e corte, só pinote nos ROCAM
Tomando corote, o menor que serve teu pó é quem toma teu brait na peça amanhã
Na-, na-, na-, na-
Não são reais, ego inflado igual baiacu
Foi na Galeria, pagou fantasia, mas quem é da rua sabe que é boy cu
Kush, kush, kush, kush é o tema e o Temer que siga nos fodendo em paz
Cash, cash, cash, cash, lenda, aposentadoria ao gueto nunca mais
Rato no seu camburão, vem roubar brisa toda madrugada
Faz cosplay de Cosme e Damião, distribui bala por toda quebrada
Sem placa, acelera, Bandit e bandido é bem pago traficando coca
Meu cordão é lata, não estourei hit
Mas tenho respeito de toda maloca
Trampando demais
Como eu consigo no corre das nota nunca parar em casa?
O segredo são cartas motivacionais: da Eletropaulo, Itaú e Serasa
[Verso 4: VH]
Porque eu quero paz, paz
E Luz eu levo no RG
Hã, tudo muda rápido demais, foda-se
Foda-se amizade Paraguai
Não para, cara, vamo' embora
Pouco rap, só estética
Loucuras, atitude, questões aritmética'
Andando pela rua, mente não fica estática
Deus, Rap, tudo matemática
Assim como 10+9 não é 20
(Cê lembra?) Lembra? 300 derrubaram milhares
Perda de tempo? Com 2 ano em seis mês'...
Por que que eu sozinho não vou matar vocês?!
Que tempo é dinheiro, mas é muitas coisas
São coisas as quais eu não vou dispensar
Lembrar dos problemas, tem vezes que é forca ou força pra nóis não parar de pensar
Cadeira sentado, olhando a janela
Ouvindo um radinho que nem meu avô
Lembrando da vida, o resumo é família
Mais belo quadro que ele já pintou
Cidades, mares pra se desbravar
São vários lugares, quero conhecer
Chinelo na areia, mó brisa do mar
Joga essa na rede, vendo o sol nascer
[Refrão: HE, VH]
E eu era só mais um moleque da quebrada
Hoje ela é minha e por ela eu vou fazer virar
Da raiz pro caule, desastre pra folha
Leva pra sua casa, causa natural
Boatos, boatos... quem vive guerreiro
VH, La Viela é um arsenal, porra