[Intro: Dédalo]
E-ei, han
Corredor polonês
2000 e sempre
Céu nublado, clima quente
[Instrumental: Nujabes]
[Verso 1: Dédalo]
A cidade engole quem sonha
Olheira, madrugada, insônia
Resultados de noites na Babilônia
Foda-se a gente, nos querem mortos na cama em coma
Com fome e deprimidos na zona de perigo
Correndo risco entre os edifícios
Pra ganhar nada mais do que o mínimo
Sistema cínico, nos transformando em sádicos
Clima urbano, fumaça engasga
Fábricas de alumínio, esse é o domínio da massa
[Verso 2: Mano Lada]
2kg no paralama eu tô atrás de algum esquema
Procurando outra vida porque essa daqui tá cheia de problema
Parei pra escrever carta, escrevi um teorema
Andando o quarto todo e as pegadas viraram fenda
'Cê sabe não tô a venda, mas sempre atrás do trampo
Viajando o deserto e o vento do "faz me rir"
Camêlo descarregou, eu fiz pegar no tranco
Por isso que quando eu canto, cada linha é tênue
[Refrão: Dédalo & Mano Lada]
Entendi que não consigo me entender
Fingem não ver o que se passa por aqui
A noite não deixa eu dormir
Vida descartável pela city vale nada
Mas se houver valor, vão se vender
Nem adianta perseguir pelas minhas palavras
Cantar me faz voar, se fosse pra me prender eu parava
Mas continuei, alguns ainda vem falar onde eu errei
Mas sinceramente, mano, isso não vale nada
[Verso 3: Dédalo]
Dela também tirei proveito
Já sabia desde o começo como terminaria esse enredo
Entendo tudo, do meu sonho até meus medos
Mesmo sem perna corri, colhi o que plantei
Talvez boa escolha eu não fiz
[Verso 4: Mano Lada]
É meio dia, as vezes acordo numa agonia
Dessa corrente presa no pescoço
Cravada no osso do ofício
E já pulei do precipício e por pouco não aterrissei no hospício
Bolando um basilisco, cortina de vapor
Se não mata e não engorda, no mínimo tem valor
Kyoto é Kakaroto, cada hit é Taekwondo
Com o KI de 8000 roubei o lugar do escolhido
Um dia é da presa e o outro do caçador
Às vezes me sinto preso e as vezes só causo dor
Rotina computador, sentimento do momento
Os versos são mais curtos, ninguém mais tem tanto tempo
[Refrão: Dédalo & Mano Lada]
Entendi que não consigo me entender
Fingem não ver o que se passa por aqui
A noite não deixa eu dormir
Vida descartável pela city vale nada
Mas se houver valor, vão se vender
Nem adianta perseguir pelas minhas palavras
Cantar me faz voar, se fosse pra me prender eu parava
Mas continuei, alguns ainda vem falar onde eu errei
Mas sinceramente, mano isso não vale nada...
[Verso 5: Dédalo]
Ainda tô nessa de fazer por mim
Desfilando no tapete carmesim
Um bêbado sem escrúpulos
Estímulos inexistentes
Há muito tempo que não me sinto contente
Poço de lágrimas, meu império cai na minha frente
Me sinto pequeno ao contrário de Alexandre
Porém, com o "mic" na minha mão me sinto grande
Me livrei das grades que me aprisionaram por 2 décadas
Faço p'a conseguir avançar, não por você
[Verso 6: Mano Lada]
Tá rindo de coisa séria
Achando o certo errado
Cavalo que mostra o dente, tropeça na caminhada
Vacila, te mostro o pente
Ataque do íntimo, se a piada não tem graça não importa o último
Vingança é prato cru, correndo sem sentido
A porta te deixa morta, aborta quem te provoca
Mas lá na frente se toca, cadê todo mundo?
E os "da moda" que 'cê porta, não sobrou nenhum
[Refrão: Dédalo & Mano Lada]
Entendi que não consigo me entender
Fingem não ver o que se passa por aqui
A noite não deixa eu dormir
Vida descartável pela city vale nada
Mas se houver valor, vão se vender
Nem adianta perseguir pelas minhas palavras
Cantar me faz voar, se fosse pra me prender eu parava
Mas continuei, alguns ainda vem falar onde eu errei
Mas sinceramente, mano, isso não vale nada
Sinceramente mano, isso não vale nada
Vale nada
[Instrumental: Nujabes]