Genius Portugal
Entrevista: Rixx Ricky
Entrevista a Rixx Ricky pelo Genius Portugal
Legenda: Pergunta | Resposta1 - Apresenta-te e representa a tua zonaAcho que o meu nome é fácil de saber pelo meu nome musical, chamo-me Ricardo, 21 anos e no mundo artístico sou conhecido por Rixx Ricky.
Nasci nos açores na ilha de São Miguel em Rabo de Peixe.
Com 15 dias a minha mãe trouxe-me para a capital com o objetivo de melhorar as nossas vidas e foi ela quem me criou em Cascais no Bairro da Torre, onde conheci pessoas com quem mantenho uma amizade sólida até hoje, também foi onde passei uma das melhores fases da minha infância.
Quando fiz os meus 11 anos fui viver com o meu pai e estive em Monte Abraão, mais tarde passei por Queluz, vivi em Mira-Sintra, mudei-me para o Cacém e viajei para Londres com 18 anos.
Não sinto que represento uma zona em especifico, mas sinto que as que me marcaram mais foram Queluz e Cascais.2 - Existe alguma diferença entre o Rixx Ricky e a tua personalidade, ou esse alter ego é uma extensão de quem és?Sinto que o Rixx é o que eu quero alcançar, é como se fosse uma figura que eu idealizo para mim, o meu eu no futuro, por assim dizer.3 - Qual foi o teu primeiro contacto com a cultura hip-hop?Acho que desde os meus tempos de escola, mesmo antes de pensar em fazer música, sempre foi um género musical que me chamava mais a atenção.
Foi só com os meus 16 anos que comecei a fazer uns improvisos com o pessoal da zona, em baixo de umas arcadas em Queluz.
E nesse mesmo ano pisei um estúdio pela primeira vez, conheci o Scotty (meu produtor na altura), trocamos umas ideias e consegui ter a minha primeira sessão de estúdio, no Home Studio dele.
Tivemos bom entendimento musical, as cenas correram bem e acabamos por gravar, o meu primeiro som, alguns outros que nunca saíram e o Platina.4 - Quando é que surgiu o teu primeiro/a projeto/faixa e qual a dificuldade para o realizares?Olha com os meus 16 anos gravei o meu primeiro single, “Meu Block” e o processo criativo correu naturalmente, vim com a minha letra e com um type beat do youtube.
E foi aí que tudo se começou a compor, não tínhamos grandes possibilidades na altura então poupei e consegui arranjar 40 euros para pagar o meu primeiro clip.
A receção do público não foi tão boa como esperei mas também não me desmotivou, só me mostrou o que estava mal na altura. Baixei o meu ego, corrigi os pontos que tinha a melhorar e segui em frente.5 - Queres-nos explicar um pouco a origem do teu nome e da tua sonoridade?Claro, o meu nome Ricky é um diminutivo para o meu nome próprio e Rixx é a minha ambição de um dia enriquecer como pessoa e também mais a nível financeiro.
Troquei o ”Ch” por dois “X” mais por um motivo estético, chamou-me mais atenção.
Eu comecei por ouvir clássicos, Valete, Sam the Kid, Regula, Nga (entre outros), mas o que me motivou a seguir uma sonoridade diferente foi um som que ouvi por acaso, Young Thug - Pass Me The Lighter, senti de imediato que aquelas melodias e maneira de cantar ressoniam comigo, então juntei o meu toque, prossegui ate encontrar o meu estilo, e ainda hoje estou sempre a tentar aperfeiçoar a minha craft.6 - Quais as tuas maiores inspirações na música? Locais e/ou internacionais.Já me inspirei muito em Travis Scott, Young Thug e 21 Savage.
Em Portugal, em termos de escrita, inspirei-me no T-Rex quando lançou o meu espaço e o elevem-se, agora na questão de energia e presença sem duvida o Zara G foi em tempos uma influência que procurei seguir e refletir.
Lon3r Johnny também é um dos artistas que prezo atualmente.7 - Recentemente apresentaste o tema “Lonely at the Top” na #SoundOn pela Fourteen Films. Queres nos explicar esse processo?A minha relação com a Fourteen Films sempre se manteve saudável desde que gravamos e lançamos o Platina, mantivemos contacto e como eles sempre depositaram crença em mim quando me fizeram o convite para participar aceitei a oportunidade.
Além disso, é um projeto com boas intenções, logo foi uma boa aposta!8 - Escreveste num tweet “Imaginem se o Brasil aceitasse a nossa música da mesma maneira que nos aceitamos a música de la”. Consomes muita música oriunda do Brasil? A sonoridade de lá representa uma influência direta na tua música?Escrevi mais esse tweet porque pensei na ponte que ainda está por criar entre Portugal e Brasil.
Em termos das proporções que a nossa música podia alcançar. Ia ser game-changing.
Mas oiço um pouco de tudo, também música com origens do Brasil então sinto que de certa forma poderá ter a sua influência na sonoridade.
Os que mais sinto são, Mc Paulin da Capital , Mc Lipi e Matuê.
Muito pela vibe, pela escrita, pela vontade de progresso e a gratidão que eles tentam passar.9 - Tens algum projeto ou participações que possamos esperar num futuro próximo?Tenho uma participação a sair este ano num projeto dos Hevvy Fukk, e algumas outras na gaveta. Mas tenho-me focado mais em projetos solo, de momento.10 - Ambição para um feat, um palco e uns ouvidos.Feat ainda não tenho um nome forte em mente, mas assim um Palco será Meo Sudoeste, e que a minha música possa passar pelos ouvidos dos que torcem sempre por mim, que em troca eu possa dar motivação aos que mais precisam.
Fé, Foco e Disciplina para seguirmos atrás dos nossos sonhos.