Coruja BC1
As Palavras Nunca Voltam Vazias
Veagadoiz:
Fecham-se cortinas, holofotes apagam
Desfaz a maquiagem enquanto cigarros me tragam
Desce mais uma pura, estica, transborda
Na rua anti viatura, em casa caçando uma corda
Personagens reais, vivencia conto de fadas
Egos descartavéis sobre uma nação de pragas
Mais facíl fingir, é isso que eles quer ver
Uma imagem, uma mensagem de tudo que não vão ter
Não sou daqueles cães que só latem
Que cita Malcolm X nos Rap eas mina se abrem
Cai na graça no povo saber bem do que eles precisa
Dor não gera lucro tanto quanto gera a brisa
Pra que levantar quem já morreu ? heim Rap ?
Nesse jogo eu sou coringa, vilão dos moleque
Os estalos dos click cleck nos gueto já não é problema
E o molequin tudo swag vão no pelo e fode a cena
Polêmica, drama, likes, fama, dinheiro
Pai das redes sociais convivendo em meio ao chiqueiro
Avanço intelectual em forma regressa
Agora é só água e maconha vindo até de forma impressa
To vendo os preto se vendendo e pela cota
Esbranquinçando os ideais e se afogando nas maré morta
Rolezin com os MothaFucka e os parça você sepulta
Nas tracks é o foda e na rua é pior que puta
Isso é o Rap Game, negócios são negócios
Só falta abrir as pernas pra ter você como sócio
Sei bem que ideologia azz veizz não enche panela
Carater e respeito me fez um homem na favela
Limitaram o senso critico, de quem é a culpa ?
Daquele que fabrica ou de quem consome a música
A causa já não é a mesma mesmo tendo mil motivos
E as de 100 só tem valor se o coração ainda tiver vivo
Refrão Muzzike:
De que vale os joelhos no chão, de que vale as mãos para o céu, de que vale tanta oração
Se eu morro todo dia
Será que fardo ou será que é missão, esse meu coração de papel
Com uma unica convicção, de que as palavras nunca voltam vazias
Coruja Bc1:
Cê quer viver de imagem irmão? Mais imagens não falam mais do que atitudes
Pendor pro ego é ilusão a caminho da frustação, é foda saber que os irmãos muitas vezes se iludem
Com miragens ou pessoas que mentem sem pensar
Deixam a ganância dominar, trapasseiam pra ultrapassar
Da humildade não vão lembrar, presos a visão inimiga
Serão meros bobos da corte pra quem tem o rei na barriga
Quantos mais nóiz vai perder, por fofoca, intriga ?
Quanto mais nóiz vai aplaudir inimizades que eram amigas ?
Quanto mais nóiz vai dar ibope pro homem perveso ?
Universo do avesso nesse louco mundo reverso
E diga-se de passagem, com a passagem só de ida
Que pra alguns atrasar alguém é sinal de missão cumprida
Interesse pessoal, matando meu pessoal
Questionando meu pessoal, fingindo que nada é pessoal
Tão se esquecendo de ver no seu próximo a própria
Falam tanto de compromisso que se perderam na viajem
Cabisbaixo cheio de grana, prende e quer ser livre
Não cobre postura de alguém se nem você canta o que vive
Tumultuam vidas em celebrações carnais
Sorriso amarelo competindo pra ver quem mente mais
Ou se exalta mais se afunadando em outro caminho
Já que a carreira que tu optou só se fez se morder sozinho
Rival da própria existência na contra mão da alegria
Então enche o copo pra esquecer o quanto a tua alma é vazia
Perdido com a ilusão do prazer do momento
Inimigo te assassinando com teu próprio consentimento
É a busca da aceitação, de qualquer forma a todo custo
Mais buscar ser aceito por quem te nega não me parece justo
Penso no amor de Deus, isso que me conforta
Pra abrir mentes de um mundo que sempre me fecha as portas
Refrão