Coruja BC1
InSOMnia 2
Letra de "InSOMnia 2", por Ogi, Diomedes Chinaski
Coruja BC1 e Emicida

[Intro: Diomedes]
O Aprendiz!

[Verso 1: Diomedes]
A polícia quase pega a gente
E eu pensando como que era gata aquela agente
Imaginei a gente junto vendo Tela Quente
Ela viu que corremos e disparou bala quente
A cidade não dorme, vários animais noturnos
Dependo desse corre, por isso nunca mais durmo, não
Preciso fazer grana, tipo Migos
Senão é sem futuro pra mim e pros meus amigos
Questão de sobrevivência me destacar
Tô vendendo sílabas, deposito e vou despachar
Deslanchar e não descansar
Só preciso desbancar
Falsas leis, falsos reis, falsos bê-á-bás
Botei a veracidade do mercado em xeque
Hoje eu tô com os ídolos na mesma track
O rap devia ser pra emancipar nóis
Não festinha pra encher de droga cu de playboy

[Verso 2: Coruja BC1]
Quantos pesadelo me manteve acordado
Vagar no Umbral te faz reconhecer teus pecados
Meu pai ensinou não alisar, então vou encrespar pro teu lado
Pique Audax de Osasco no Paulista do ano passado
Vou cuspir fogo igual Etna
Tirando leite de pedra, não é história do Rei Arthur
Minha Bic tá com fome
Igual moleque armado na espreita pra assaltar o Carrefour, porra!
De fato, eu pareço o Emicida, mano
Favelado, de Orixá rei e que vai ficar rico até o fim do ano
Numa fita, eu lembro o Projota, mano
Fiz um álbum com o Caique, vou ficar rico até o fim do ano
Toquei tanto terror
Que a crítica maior dos meu hater é me comparar com vencedor
Na era do autotune, essa é minha alto-turnê
Stanley Williams, não Peter Pan
Na terra do nunca vão me entender
[Refrão: Marcela Maita]
É, lâmpada pros pés na escuridão
Quando eu caminhar nesse chão
Sem sofrer revés, trevas queimarão
Quando eu acender lampião

[Verso 3: Ogi]
Fiz um banquete pra família dos que já matei
Misturei carnes com ervilha quando cozinhei
E o jantar foi antropofagia
E o povo comia
Seu corpo no dia
I see dead people me assombra
Aqui ferve, vou me esquivar
Da legião de MCs
Pois lhes fiz mortos hostis
Que quando vivos eram só lero-lero, battle quiseram
Não souberam que eram Roma e eu era Nero
E era Oren o meu nome ao contrário, e falaram
Que o deles era Amor, e nem por isso oraram
Lá no inferno, eu sou visto como Constantine
O Diabo inveja o jeito de rimar sublime
Só escute o barulho (scata-pum!)
E eu acabei de executar mais um

[Verso 4: Emicida]
Pipoca faz piada com abusar da empregada
Isso não choca o movimento que luta pela quebrada
Não pega nada? Sério? Desisto, irmão
E a quem duvidou de Moisés
Boa sorte no debate com o centurião
Pra cada abismo, a sua geração
Que tem como meta meter pra caralho
Mas só mete o pé pelas mão
A caneta do zica é tipo eleição, xeque-mate
Na hora dela, pode pá, vai chover de debate
Vocês e seus textão, ladainha
Sou rei da conversão no rolê que se alimenta de conversinha
Primeira divisão antes do iPod
Sempre livre, trampando nos melhor lugar, tipo Modess
Então não fode, velho, eu respondi no fórum
Por versos que dizem que pretos são deuses e moram no Orum
Terror do sistema, ame ou odeie, sem maldade
Depois de mim, o tema central dessa porra é possibilidade
[Refrão: Marcela Maita]
É, lâmpada pros pés na escuridão
Quando eu caminhar nesse chão
Sem sofrer revés, trevas queimarão
Quando eu acender lampião