[Letra de "Modo F 2.0" com Coruja BC1]
[Verso 1]
Me chamem de Latrell Spencer, o foda
Que deixou esses cara pálida na cadeira de roda
Eu incomodo porque dizer a verdade incomoda
Flow corrosivo igual bicarbonato de sódio
Esse é o Coruja BC1, zika, filho de pai negão
Que curte reações análise, não análises de um reação
Contra a maré já subi Foz do Iguaçu
E agora toda cena sabe que existe rap em Bauru, ahn
A mil na pista igual Land Rover
Enquanto dou risada desses histéricos de internet, plá, plá
Playboys que pensam que são Takeover
Então nesse take ouve, nas linha eu reencarno Éter
Subo degrau por degrau da escada sem elevador
Elevando o nível do jogo e também da sua própria dor
Nasci em 94, morou?
Pois se fosse em 97 diriam: Pac voltou
[Ponte 1]
Olhe mais pras rima, por favor
Pois quem só olha pra views é cego
Se pá 'cês fumaram crack da fama
'Tão igual porco na lama tendo overdose de ego
Disseram que eu tava morto pro rap
Levei isso como piada
Esqueceram que eu sou uma ave no rap
Agora esses cuzão 'tão tudo com medo de alma penada
[Verso 2]
4x4 do flow, até pareço um jipe
Analistas do canal turbo chamam de egotrip
'Cês reclamam igual o Hardy, eu sou leão igual Lippy, animal
Divisão noturna me alimento do eclipse, mas
"Coruja não é preto, é branco do cabelo ruim"
Ruim é teu preconceito há mais de 500 ano assim
Te mato sem aço, sem gangue
Com o mic na mão, te mostro a melanina no meu sangue
Com mil convites pra rimar em boombap
Calma, família, eu odeio Trump, eu não odeio trap
Meus versos são língua no grelo
Fique pasmo, ainda não percebeu, mas o beat tá tendo orgasmo
Adoto fãs que ficaram órfãos de ídolos como consolo
Depois que eu reencarnei Moisés e chutei o bezerro de ouro
Crianças, 'cês não são Suge Knight
Só porque sugam com canudo o pozinho branco na night
Sem remorso dos flow que disparo pra derrubar
Coração duas vez gelado eu chamo de bipolar
Rapper sendo infantil tá precisando de babá
Mas hoje não no meu pau, então tira sua boca de lá
Preguiçosos igual Jaiminho, não tem punch no prato
Tão tanga frouxa que no CEP eles põe Tangamandapio
Sou Coruja! Nessa corrida de rato
Muddy Waters sem Chess pra lucrar com o contrato
Sei o que eles quer? Botar o rap numa cruz
Matar pra deturpar a história igual Roma fez com Jesus
Que era negro do cabelo crespo igual meus ancestrais
Porém um Cristo de olho azul faria a indústria render bem mais
Eu dou unfollow na tua vida, pivete
E o máximo que 'cê faz é xingar muito na internet
MC que é MC tem que explorar o limite
O ministério do bom senso disse: bebê, não digite
[Ponte 2]
Tô com os pés no chão igual capoeirista
Mirando o espaço igual astronauta
Minha autoestima é equivalente ao dólar
Que até em tempo de crise consegue se manter em alta
Fiz meu álbum visando o futuro
Pra dar de presente pro meus ouvinte
Caso 'cês não entenda as rima agora
Espere mais três anos, pois fiz pensando em 2020
[Verso 3]
Lavei minha mão com álcool e detergente, amolei o bisturi
Operação perfeita, tirei o hip-hop da UTI
Comprei camisinha GG e resurgi
Com os verso que bota no cu do rap game sem cuspir
Eu dei meu duro, eles tomaram igual Dreher
Rainha é Erykah Badu, foda-se Iggy Azalea
Nós com dinheiro é conquista, eles com dinheiro é mesada
Nós é made in favela, eles cosplay de quebrada
Chave igual Gol quadrado, atropelo flow saturado
E transformo papéis com escrito em papéis com peixe estampado
Fracos, caiu do alto igual folha depois do outono
Fim da Dinastia César, gueto de volta pro trono
Roubo teu sono igual coca ou café de vó
'Cês no piano só vem de ré, eu chego na sola sem dó
Foda-se Thor, eu sou machado de Xangô
Brasil Futurista, o profeta das ruas voltou