Verso 1 - Dalsin
Eu dou outro trago, e trago o que preciso pra ficar
Não vou dar mole, e dou outro gole pa continuar
Sem amizade, na grade só quem é só vai colar
Eu tô de esquina com duas minas pra desbarratinar
É tipo 9, tudo que move faz me alertar
Respiro fundo, meu mundo não é bom pra ajudar
Essa é a cota, na bota o pano cinza escuro a taça
Se eu der o bote,Vendo a morte só pra quem comprar
Na noite é foda, rota de quem quer se encontrar
Da meia hora, até agora ninguém veio comprar
Vejo uma moça, esposa do mano que subiu
Com um boyzão, a milhão, na avenida Brasil
Eu continuo no meu posto, da encosto um tio
Pediu 2, pego, pago, usou, brisou e sumiu, sou o frio
Se a Blazer cola aqui neguim é caixa
Fome bate, o dog late, radim, batera baixa
Meia luz confunde, confunde a vida que ameça
Meu futuro parece curso, e a hora aqui não passa
Eu sei o tempo é de lei, é rei, sou sossegado
Outro clima, outra mina, carinho, trampo fechado
A vida cobra jão, tenta fuder na corrida
Se moia a rota de fuga, é a rua sem saída
Tô na calçada, passada parece não ter fim
Tudo que entra nela, na saída passa por mim
Eu sou cliente que a humanidade teme a atender
De frente, a primeira opção é correr
A luz do poste ameça, da a graça de apagar
Visto o capuz, só o frio, de der um pio vai moia
Cadê as mina? olhei pra esquina, nenhuma tá
11:40, colou pra comer um dog, se pá
Observei minha volta, a volta olhos perderam
Na merma rua, uma igreja, boteco e puteiro
Eu penso é tenso saber que qui ninguém viu
Neguim armado, bandeirado, é o Brasil
É uma nota que ta aque passou e eu nem viu
Perdi as contas de quantos relatos eu vivi
Sou figurante, to adiante do mundo cão
Crusifiquise com um revolver na mão, né não
Deu minha hora agora, é ir pra casa dormi
Se chorrei, se sorri, emoções eu sentir
[Refrão - Dalsin] (2x)
Treta, escrita a preta , bandeira verde amarela
Chuva de sol, futebol, luto de aquarela
A vida dura, sequela, o russo nas canelas
A bola rola entre copa, e b.o na favela
É treta, escrita a preta , bandeira verde amarela
Chuva de sol, futebol, luto de aquarela
A vida dura, sequela, o russo nas canelas
A bola rola entre copa, e b.o na favela