[TODD, falando]
Não tem um quarto aqui em cima? Por que a senhora não o aluga? Se os tempos estão tão ruins, poderia render alguma coisa
[DONA LOVETT, falando]
Lá em cima, é? Ninguém passa nem perto, o povo acha que é assombrado. Sabe, há muito tempo aconteceu uma coisa lá, uma coisa não muito boa
(cantando)
Era um barbeiro e a mulher
Ele era único
Se tem melhor, não sei dizer
Foi exilado, já morreu
E ele era único
(falando)
Barker. Seu nome era Benjamin Barker
[TODD, falando]
Exilado? Qual seu crime?
[DONA LOVETT, falando]
Burrice...
(cantando)
Sua mulhеr, que dó
Bonitinha, sim
Tão tontinha, sim
Não sabia que o mundo é ruim
Que fim
Quе fim
Aqueles dois, sem dó
Sempre a cobiçar
Um era o juiz, o outro seu criado
Um com seu verniz, o outro gado
E ela bem feliz do outro lado
Que dó
Que fim
Eles despacharam o marido sem ter porquê
E deixaram ela sozinha com seu bebê
Ela é "dessas moça" bobinha, que em mal não crê
Que dor
E ainda não cheguei no pior
Que fim
(falando)
Johanna era o nome da bebê. Tadinha da Johanna
[TODD, falando]
Continue
[DONA LOVETT, falando]
Cê gosta de uma história, não é mesmo?
(cantando)
A pobre moça ouviu o bedel
Que fim
Que fim
Que o juiz tinha dó do réu
Sentiu remorso por seu azar
Queria vê-la pra se explicar
Que fim
Que fim
Havia uma festa
Que fim
Que fim
Só mascaras pelo salão
A moça nervosa
Que fim
Que fim
Buscando o juiz
Se perdeu
Que fim
Achou que ele se arrependeu
Que fim
E ia lhe dar o perdão
O juiz mentiu
Enganou, iludiu
E a moça sem ter pra onde ir, assim
Perdeu-se naquele covil
Foi pega e nem deu pra fugir, assim
E todos puseram-se a rir, assim
Que fim
Que fim
[TODD, falando]
Não! Ninguém teve piedade dela?!
[DONA LOVETT, falando]
Então, é você, Benjamin Barker!