Luke
Jeira$u Cósmica
[Verso 1: GUS DEF]
Ganhei do navio negreiro da tope
Dei fuga do algoz; colori Springfield
Abstrato mas risco esses concreto
Me trancaram Cativeiro: eu espanquei esse ''dogbeat''
Deixei vestígios pros tora conterrâneo;
Me adaptei ao und3r; tartaruga, fui para o subterrâneo
E o flow: com meus humanistas Djavaneando
Mas the system quer que no limbo eles fiquem devaneando

Tocando no Cavaco: Caetano
Escrevo enquanto o útero está chorando
Mesmo com o hímen complacente de Maria:
Dos primogênitos eu herdei a profecia

Tenta voltar a bola do pivete em quadra
Meus meninos com cilíndros, não segurando em quadrada
No bába dos talibã o dente trinca; Junky com alumínio
Eu mostrando ao meu piva que com o tempero não se brinca

Astuto como Science ou Barata
Estão à caça de garrafa mas só rola bate lata
Os grande troca soco com os ventrílocos
Minha linhas toneladas as suas só apresentam quilo, menino
Destorço esse seu papo torto...
Já tomou espaço demais: merece vinte soco
Lá brincam com o fura; dispensam perfídias amontoadas
Sei que é suco cítrico: eu me saio de laranjada, fi

[Refrão: 10J]
M4TÉRIA 3$$CURA na desgraça
Botando pra ver bixo;
Engenho Lírico é a firma:
Respeita essa desgraça

[Verso 2: Luke]
Minha caneta começa a me atormentar
E eu começo a escrever minha depressão:
Vocês não ligam se estou vivendo ou se estou morrendo;
Se ligassem, a caneta não estaria na minha mão
Vocês não entendem a verdadeira poesia
Cês esquecem da mensagem e focam na melodia
Roubando sua atenção, mais do que pastores querem seu dinheiro, fi
Tão medíocre quanto o homem querendo ser feminista
E eu grito terra à vista quando eu avisto um terreiro

Índio vendendo espelho, talvez não seja só cifrão...
A troca de espelho por dinheiro com o homem branco
Só quem sabe, sabe, porra!
Que traz reflexão
Pega visão:
Paga de preto bota trança mas é tudo ficção
Quero ver pagar de preto na hora da repressão
Esses poodle de madame precisam peg'a visão:
Cachorro que late muito só morde atrás do portão!
[Refrão: 10J]
M4TÉRIA 3$$CURA na desgraça
Botando pra ver bixo;
Engenho Lírico é a firma:
Respeita essa desgraça