Piruka
Não Queiras Tentar
(Então é assim)

[Verse 1]
Com 22 de vida e a viver da gramática
Vejo muito sanguessuga que suga tudo o que é táticas
Sou um praticante que praticou e pôs em prática
Sou um protestante que protestou de forma sábia
Os tropas têm muita lábia, remam contra a maré
Querem que o Piruka caia mas o homem tá de pé
Se Quatro Cantos foi fire, Pára e Pensa foi o quê?
Chamam-me prodígio da tuga com uma mix e um ep
Estás a criticar o quê, cala a boca e trabalha
Represento a Linha C, tropa é Madorna na batalha
Há mais de 5 anos que ando no fio da navalha
Mas agora eu e os manos queremos rebentar com a muralha
Sente, Piruka na casa pa fazer barulho
Quero é fumaça, rebenta o bagulho
Ando na estrada com a minha turma
Rebentar com palcos é o meu futuro
Jovem promessa, agora maduro
É a lei da vida, ver a Clara crescer no entulho
Só com terra por cima
Porque eu não papo disso
Não sou fraco e disse
Pacto é compromisso, disseram-me tem juízo
O tempo passa e viu-se
Eu sinto o chão que piso e sei que tudo tem um prazo
Digo numa linha de improviso o que não dizes em 10 frases
Tens 5 ou 10 rapazes, tenho 2 ou 3 irmãos
Boy esses 5 ou 10 rapazes cais não te tiram do chão
Então pensa no que fazes e não atraias confusão
E não venhas com frases se não há corpo para a ação (Boy)
[Hook]
Não queiras tentar se não tens vocação, não não, não não, não não não
E podem falar que eu não vou parar não, não não, não não, não não não
Não queiras tentar se não tens vocação, não não, não não, não não não
E podem falar que eu não vou parar não, não não, não não, não não não

[Verse 2]
Todos querem que o puto caia e eu não sei porquê
Crianças gritam waya waya e eu não sei porquê
O mundo anda todo ao contrário e eu não sei porquê
Mas tudo quer, eu também quero ser o patrão da Linha C
Isso é patético, não há patrões de nada
Cada um com o seu mérito, cada um na sua estrada
Se tens essa mente escura, tropa tu aclara-a
Ouve o projecto AClara, homenagem à Clara
E se, não gostas cala a merda da boca e repara
Que eu, fiz tudo sozinho e nunca fui bengala
Meu dread, como é que te arrastas tanto
Isso não é rap, isso é rap entre aspas canto
Canto rap e se repito é porque vivo o que canto
Não digas que eu sou teu dread muito menos teu mano
Que eu segui em linha reta e digo este é o meu ano
Confiança fé em Deus e podes crer que não me engano, mano

[Hook]
Não queiras tentar se não tens vocação, não não, não não, não não não
E podem falar que eu não vou parar não, não não, não não, não não não
Não queiras tentar se não tens vocação, não não, não não, não não não
E podem falar que eu não vou parar não, não não, não não, não não não
Não não, não não, não não não
Não não, não não, não não não
Não não, não não, não não não
Não não, não não, não não não