Piruka
Tudo Quer Ser o Padrinho
[Verso 1: Drop]
Aprendi aquilo que muita gente aprende
Mas nem todos temos maozinhas para guiar o parapente
Fraco é quem se rende, quem se prende às consequencias
E no fundo eu compreendo que isso faz parte das referências
Que tens guardado, domesticado como se fosse um animal
Mas são memórias do passado, uma mudança radical
Confiança desleal escondida por quem confias
Mais tarde bates lá dentro e perdes a noção dos dias
Noites frias olhando pela janela
Jogo do galo jogas quando julgas que a tua vida e bela
Tira a trela da scuela
Pinta nessa nova tela, uma donzela quatro filhos para apagar a vela
De cada aniversário, de cada risco no calendário
A história é um passado transcrito para o teu diário
Por isso não tentes o contrário, se não acabas solitário no buraco do santuário
E eu pergunto me se é isso que queres para a vida
Maior parte do tempo fechado sem ter a visita
Viraste parasita, vida bela nunca foi bonita
É uma novela, uma passagem interdita
Mete o barreto se te fica à medida
Drop e Piruka isto é feito à moda antiga
Acorda para a vida, sente a corrida, tira o rei da barriga
Se não para ti é tarde sempre até ao fim da partida men
Até ao fim da partida
Se não para ti é tarde sempre até ao fim da partida men
[Refrão]
Todos querem ser o padrinho e
Nós não estamos na América
Portugal é uma réplica
Cada um faz o seu caminho, tenta faze-lo com ética
Quatro cantos é rap sistética
Todos querem ser o padrinho e nós não estamos na América
Portugal é uma réplica
Cada um faz o seu caminho, tenta faze-lo com ética
Quatro cantos é rap

[Verso 2: Piruka]
Bom dia rapaziada
Piruka na estrada pronto
Quatro cantos na parada ponto, ponto
Os fracos querem ser fortes, os fortes querem ser bravos
Braços carregam fardos, fardados são amizades
Pelas cidades há gangues e carteiros
O que vais aprender aos trinta eu aprendi aos dezasseis
A circular com infieis e a ver cotas ressacados que para caldar vendem as mães
Cotas são ouro mas tu vês prata cavaleiro ninguém fala porque andas de fato e gravata
Mas isso para mim não é nada, atravessem os quatro cantis do mundo com uma jangada
Deixa-me a pele arrepiada, abordar temas que me dão pena de falar penas pesadas
Alma pragadas, pregadas sem tabuas
Com uma nódoa no peito