[Letra de "Lisboa" ft. Bónus]
[Verso 1: Valete]
Lissabona, cidade insubmissa
Barbariza as tuas hormonas hipnotiza em cada zona
Apanha-me no Bairro Alto quando 'tou à procura de party
'Tou lá a beber Bacardi com hippies e rastafaris
Tens morenas, mulatas, mas cuidado com quem engatas
Vens à procura de gatas, pode-te calhar uma Mata Hari
Ao fim de semana 'tá toda a gente no shoppings
'Tou em Alvalade no meu dopping, no estádio a ver o Sporting
Sempre com a T-shirt do Balakov
Ninguém me cala, ninguém me demove
Mesmo com equipa que não comove
Eu fico a ver se aquilo embala
Queres passear com a tua dama sugiro que vás p'a Belém
Domingo à noite à beira rio, tu e ela, mais ninguém
Diz-lhe que a amas, tua paixão é soberana
Translúcida, não engana, em Belém irão até ao além
Se queres pitar tens grande leque gastronómico
Restaurantes lusitanos, indianos, chineses, nipónicos
Novos ricos nos nipónicos, mais caros toda a semana
Vestidos com Dolce & Gababana, ou Gucci, a comer sushi
Pessoal do jet set nos italianos a comer spaghetti
Depois vão p'ó Parque Eduardo Sétimo apanhar um travesti
Putas é no Técnico, até apanhas paraguaias, bom gado
Meu mano apanhou uma agora 'tá sempre atrás da catraia, coitado
Se queres kiza ou kaya tens de ir da Lisa p'á Damaia, cuidado
Kiza da Damaia pulveriza-te até que caias p'ó lado
[Refrão: Valete]
Sente a vibração da capital
A imponência da cidade, a subtileza divinal
Lisboa, cidade majestosa
Ao mesmo tempo espinhosa, labiríntica e sinuosa
Lisboa
Sente a vibração da capital
A imponência da cidade, a subtileza divinal
Lisboa, cidade majestosa
Ao mesmo tempo espinhosa, labiríntica e sinuosa
Lisboa
[Verso 2: Bónus]
És capital do distrito e da área metropolitana
És capital da lusofonia com herança muçulmana
Cidade cheia de adrenalina, minha influência citadina
Desda Alta de Lisboa até à Baixa Pombalina
Cheiras bem essa tua fragrância inspira e contamina, o poeta
Que contempla a paisagem desde o cimo da colina
Chamam-nos alfacinhas por ter a melhor medicina, a verde
Que impulsiona o rap trágico que circula de esquina a esquina
E nos transportes públicos só impera uma rotina
Meu povo trocou a disciplina por viagens grátis
Dão banhadas em táxis e bombas de gasolina
E montam bancas de armas, de heroína e cocaína
Lisboa, quinto dos infernos, mas continua a ser o puro spot
Festas dos Santos Populares, Castelo de São Jorge
Dou voltas com os meus tropas pela cidade a circular de bote
A fumar um spliff e a beber um copo em qualquer roulotte
Lisboa
[Refrão: Valete]
Sente a vibração da capital
A imponência da cidade, a subtileza divinal
Lisboa, cidade majestosa
Ao mesmo tempo espinhosa, labiríntica e sinuosa
Lisboa
Sente a vibração da capital
A imponência da cidade, a subtileza divinal
Lisboa, cidade majestosa
Ao mesmo tempo espinhosa, labiríntica e sinuosa
Lisboa