[Verso 1: Cevas]
Do elixir mais saboroso, vi-te a pedir,ficaste curioso
De boca estreita ansioso, vi-te a seguir o estado furioso
Deste osso apetitoso, a surgir mais convincente
Vais beber do suculento e talvez te deixe menos violento
Todos atentos ao vistoso, produto supra-apetecido
Com certeza o preço por aqui ficou esquecido
Aliás o facto disto poder nutrir na sua leveza
O néctar dos poetas não são gelados da Teresa
Por outro lado este é gostoso, agarra clientela
O conteúdo é bem viscoso mas a superfície bela
Magnífica receita ao distinguir o sabor divino
Enquanto trincavam as maçãs de adão
Prefiro sal e pepino
Incrível monstruoso, com poder de estimulação
Difícil o que ouso, nesta simulação
Cultivo a poção, cativo à noção
Furtivo neste chão, guardada na mão
Cantarolava de fones nos ouvidos
E assim me encontrava até em campos desconhecidos...
Campos minados proibidos...
[Refrão: H]
Vai com ele e vai na mão
Passa e bate a pulsação
Dás por ti a trolitar
O "doop doop" de uma canção
(4x)
[Verso 2: Uno]
Hoje levantei-me e o PC voou (não importa)
Com o "bip bip" de um carro
Dá para fazeres sons que dão a volta à cabeça toda
Tens companhia até cair, as pessoas são o teu suporte
Tipo uma prancha, resta saber se é de skate ou snowboard
Não queiras que a queda cole
O mundo na roda e tu numa cadeira
De pernas moles em caminhadas de meia hora
A trolitar: "Eu gosto tanto da natureza lálálá"
Mas quando aparece um bicho mais feio corres bem depressa (já já já) Jah não visitou Lisboa puto
Se for para isso deixa-me que eu te iluda
Não fales mal do Consultório depois de teres recebido ajuda Ponham-se todos às minhas cavalitas
Este diabinho e este anjinho precisam
De sentir peso em cima
Antes que eu decida
Fazer uma estupidez
Ao som deste rádio que me deu banda sonora de acidentes
Erros no caminho e atrasos que foram para sempre
[Refrão: H]
Vai com ele e vai na mão
Passa e bate a pulsação
Dás por ti a trolitar
O "doop doop" de uma canção
(4x)
[Verso 3: Santareno]
Dás por ele?
Dou comigo a trolitar e a entrar nesta canção
Melhor néctar do que rimar e expressar a opinião
Vou com ele mas não na mão
Em todo o corpo concentro
Exacto na convicção de que chegou o momento
Expandir os horizontes, embora em sentido figurativo
Quase não saio destes montes mas não me sinto cativo
Encontro-me vivo, mais resolvido
Disciplina tornou-se imperativo
Para o construído ficar concluído
E no bater desta pulsação acelerado
Afasto-me da competição do néctar mais bem feito
Antes néctar normal mas como ele mais nenhum
Do que néctar especial mas igual a qualquer um
E chega o "tuk tuk" no cérebro gravado
O tratear de uma harmonia que apetece
O vaguear com um néctar agarrado
Mas a saber que se não o trato
A poesia desaparece...
[Refrão: H]
Vai com ele e vai na mão
Passa e bate a pulsação
Dás por ti a trolitar
O "doop doop" de uma canção
(4x)