Ber Cartel
Baile do Fim do Mundo
[Refrão: Filipe Ret]
Eu vou pro baile do fim do mundo
A última noitada do planeta
Antes que o sol derreta

[Verso 1: Shadow]
Das mansões só restam ruínas
Clima cada um por si, mentes assassinas
Subversivas sinas, whisky, Cannabis sativa
Minas de pastilhas nas esquinas
Onde não existe grana, não existe fama
Pões os Vips pra nadar na lama
Misture os mendigo e os bacana
No cenário surreal, pique mil grau
Queima as dollar bill e a sua moral
Tão perto do fim, me faz lembrar o início
Onde a vida ferve, com teor explícito
À flor da pele pra fazer valer o sacrifício
Rumo ao precipício, me deixa
Exercer meu vício, lírico de ofício
Cético no hospício apocalíptico
City tour, pânico horror, Hitchcock
Nem em Woodstock tinha tanto amor
Me beija

[Refrão]
[Verso 2: Delarima]
Antes que o sol se desfaça, antes que vire fumaça
Eu vou pra praça, vou pro baile
Vou pra rua chamar uma devassa
Botar ela nua, eu vou pra caça
Estilo pitbull sem mordaça
Red Nose, língua azul, então vem gata
Tudo vai acabar, o sol vai derreter
Pro baile eu vou partir, zuar até morrer
Não tem pra onde fugir, tudo bom, bota em cheque
Sou Delarima, rimador, pichador desde pivete
Jogador de pete, confio no meu taco
Depois do baile tá tudo tramado
Motel reservado, de whisky regado
O green tá apertado
É o início do fim com os melhores do lado
Curtindo a vida adoidado
Esperando o apocalipse, na suíte
Antes do eclipse, cada um com uma bitch
O fim do mundo tem suíte
Acelero relaxo, tipo no sexo
Complexo, jogo pra cima
Corro pra baixo, tipo meus versos
Eu fico perplexo, quando esculacho
Mais um hit, é o Cartel derretendo até o limite
[Refrão]

[Verso 3: Ber MC]
Tudo escuro, não tem cana, não tem muro, não tem fama
Pouco ar puro, muita lama, prematuro vi em chamas
Sua maldade, mente sana, a verdade é profana
Muita sexo e rock and roll, enquanto a vida se derrama
Hardcore, Woodstock, Punk Rock, só os block, zip lock, no entoque
Vários Glocks destravados, Cidades sitiadas
Mulheres correndo peladas, Loucos pulando pela sacada
O fim em conjunto, A morte esperada
Eu quero que se foda, que tudo ruim exploda
Eu vou subir a Candelária, Pra xarpi e não rodar
Na drape da Veagá vendo a cidade afundar
No meu sonho no final quase tudo vira mar
Beira-Mar vai sorrir vendo a favela invadir
O xarpi em arapi E as gasdro tudo free
Muito free, de Mc a Babylon vai explodir
Eu só vou fazer amor quem sabe assim eu fico aqui