[Verso 1]
Cicatrizes e sequelas, resultado da vida que ela leva
Mas lhe custa admitir a mesma vida que ela nega
Ela se entrega, perdeu a ética e as regras
Agora é uma réplica das amigas irrequietas
Festas e boîtes, palestras sem plateia
Nem tudo o que precisamos é aquilo que a gente anseia
És livre para as tuas escolhas
Prisioneira para as consequências
E aos nossos erros damos o nome de experiências
Se p'ra ela é sábio, p'ro parceiro é parvo
Não saber distinguir e seguir uma bala que não atinge o alvo
Se lhe oferecessem uma semente não ia saber onde plantá-la
Acredita que 'tá no quarto a solução dos problemas da sala
Melhor amiga é acompanhante da classe alta
Conhece as claves, é assim que aumenta as notas na pauta
De copo cheio, alma vazia
Deu primazia ao que a prima dizia
Agora nem conversa de mão vazia
[Bridge]
Aquelas que pariram os filhos e deixaram abandonados na rua
Na rua da vida
[Verso 2]
Ainda à espera do magnata, dólares e euros é a serenata
Instagram, Onlyfans, virou catota dos cibernautas
Relações não resolvidas e feridas mal curadas
Dona de casa amargurada, empoderada que não tem nada
Três filhos parecidos com a mãe mas um pai de cada
É o fardo que a fada carrega e é encarregada
Com a idade o corpo não engana o Diabo
NGA, falso moralista
Antes do carro ela comprou rabo que dou pau e pão, nutricionista
"Hey, mamoite da zona" é assim que os putos lhe chamam
Há os que falam, há os que comem, limpam e calam
E nada tem nexo, tudo apenas um reflexo das rugas do cansaço e dos excessos
À procura do homem que não existe
Nem sabe se gosta mas já dormiu
A vida aperta, fica triste
Mãe solteira, conseguiu filhos sem pai
Mais facilmente cai numa via complicada e indevida
Às vezes começa no estilo de roupa e acaba no estilo de vida
[Outro]
Às vezes porque trabalham muito, outras vezes por desleixo
Outras vezes por causa do amante
Outras vezes por causa da má vontade
Outras vezes porque não querem viver