Itamar Assumpção
Sampa Midnight
[Verso 1]
Sampa midnight
Eu assessorado de mais dois chegados
Bartolomeu, Ptolomeu
Partimos pra comemorar
Não lembro o que numa boa boite
[Verse 2]
Escabrosa noite
Deu blackout na Paulista, breu no Trianon
Cadê o vão do museu? Sumiu
Meu Deus do céu
Que escuridão!
[Verso 3]
Três seres transparentes baixaram não sei de onde
Imobilizando a gente e gritando
"Não somos gente!"
[Verso 4]
Brilhavam, não tinham dentes
Traziam cortantes tridentes incandescentes
Nas frontes três chifres
Falavam rapidamente com gestos intermitentes
Simultaneamente sons estridentes incríveis
[Verso 5]
É Sampa midnight
Eu chumbado com mais dois embriagados
Ptolomeu, Bartolomeu
Quisemos levá-los prum bar
Mas qual o que, tomamos cheque-mate
Luz raio lase
[Verso 6]
Tenebrosa noite faltou light na Paulista
Breu no Trianon, cadê a Consolação?
Escureceu o museu -
Meu Deus do céu
Onde está o chão?
[Verso 7]
Um trio intrigante desceu do céu num instante
Chegou intimando a gente e berrando
"Não somos gente!"
[Verso 8]
Cantaram de trás pra frente
Letras fortes, indecentes
Músicas bem excitantes
Provocantes rumbas funks
Cantaram de trás pra adiantes
Uns reggaes de breque chiques
Bastante pique sambas de roda chocantes
[Saída]
Sampa midnight
Eu assessorado de mais dois chegados
Bartolomeu, Ptolomeu
Partimos para comemorar não lembro o que...