[Verso 1: Céu]
Somos o silêncio do seu bem estar
Da sua alegria plastificada
Quando a felicidade ameaçar fugir
Prenda a respiração e não a deixe sair
Não saia, não perca a próxima atração
Agrupe nossas características
E nos separe por vagas de emprego
[Refrão: Céu]
Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser
Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser
[Verso 2: Edgar]
Meu dedo médio não tem modos
Eu sou amigo de todos os meus dedos
Não nos confunda, não somos a fartura barulhenta
Das suas construções verticais
Somos pouquinho mas somos doloridos
Somos pouquinhos porque o que é muito, sobra
E vira resto, sempre sobra, e vai pro lixo
E vira arma, vira mosquito, viral, viral
[Verso 3: Edgar]
Criam verões em primaveras
Cabeças cheias com o vazio de suas panelas
Documentos históricos e sambistas com microcefalia
Não nos salvarão nesse dia
Se cumprirá a profecia com cemitério de carros alegóricos
Criam verões em primaveras
Cabeças cheias com o vazio de suas panelas
[Refrão: Céu]
Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser
Agora, o dia é meu!
E eu dou ele pra quem eu bem quiser