Céu
Nascente
Com diamantes de gelo
Em cada fio de cabelo
Das pedras nasce um novelo
Que ao poucos se movimenta

Sem dar adeus à nascente
Partiu como uma serpente
Que engole o que vê à frente
Se arrasta, engrossa e aumenta

E o rio de águas cinzentas
Corre, empurra, rasga e roça
Tatuando a pele grossa
No chão de carmim, barrenta